Somente uma obra do tamanho da de Jirau para completar um marco como esse. Em apenas 33 meses de atividade, o refeitório da Camargo Corrêa já serviu 20 milhões de refeições. A demanda diária necessária para alimentar os mais de 15 mil trabalhadores da usina é de 36 mil refeições.
Roberto Barreiro, gestor do refeitório de Jirau, trabalha há mais de 40 anos no setor e garante: “nem de longe, nenhuma outra obra em que atuei chegou a um marco semelhante. Os números falam por si só, mas para uma dimensão exata de tamanha proporção, posso dizer que desde 2009 até aqui, foram consumidas mais de 30 mil cabeças de gado em carne, 15 caminhões bi-trem de arroz e oito de feijão, sem mencionar os demais itens que compõem o Buffet de Jirau”.
Mas a especialidade do refeitório da Camargo Corrêa não gira em torno só do almoço e do jantar, dentro do canteiro está instalada também (além do açougue, estoque de alimentos não perecíveis e câmaras para condicionamento das hortaliças) a padaria, de onde saem os pães quentinhos, prontos para serem servidos junto com os frios, sucos e frutas no café da manhã e no lanche da madrugada.
A responsabilidade dos mais de 400 funcionários que trabalham exclusivamente no refeitório é grande. Todo cuidado com a higiene é primordial, não só durante o preparo dos alimentos, mas para obter a ideal conservação dos itens e limpeza dos utensílios utilizados no refeitório. Afinal, as atividades da obra de Jirau não podem parar e qualquer descuido neste processo pode originar uma série de contratempos.
No entanto, para a nutricionista da Camargo Corrêa, Milena Figueiredo, a questão vai ainda além, deve-se pensar também no sabor e apresentação visual dos pratos.
“Sempre digo que para trabalhar aqui é preciso amor e dedicação, mesmo porque esses profissionais preparam os alimentos que eles mesmos irão consumir. Se não gostar do que faz, não fica na cozinha”, revela.
O marco de 20 milhões de refeições servidas foi comemorado nos refeitórios das margens direita e esquerda da Camargo Corrêa ao som de bandas de Porto Velho, que se apresentaram ao vivo e levantou o público, com músicas de diversos estilos. O Cardápio era tão especial quanto dos outros dias – e o favorito da maioria dos trabalhadores de Jirau – polenta, arroz, feijão, salada, rabada, steak de frango e o que não pode faltar em nenhum dos dias: bastante farinha.