IMPASSE – Escola pode ser demolida para obra do 5º BEC, moradores protestam – Vídeo

De acordo com a comunidade, a demolição da escola é inaceitável, além do fato de não haver vagas em outras escolas de ensino fundamental da região, os moradores alegam o contexto histórico da instituição.

Da Redação

30 de Setembro de 2011 às 11:59

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IMPASSE – Escola pode ser demolida para obra do 5º BEC, moradores protestam – Vídeo

Foto: Divulgação

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Estudantes, pais e moradores do tradicional bairro Triângulo, localizado na região Central de Porto Velho, estão passando por um dilema após um conflito de interesses entre o 5º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) e representantes da escola estadual de ensino fundamental Cel. Carlos Aloysio Weber.

Instalada em área concedida pela união ao 5º BEC,a escola atende mais de 250 alunos do ensino fundamental moradores da região dos bairros Triângulo, Areal, Baixa da União, ente outras localidades próximas.

Acontece que um projeto elaborado pela Presidência da República e Ministério da Defesa, que visa uma série de medidas para o fortalecimento do Exercito Brasileiro, inclui entre várias obras em todo o país, a construção da nova sede do Comando e Companhia de Comando da 17º Brigada e Infantaria de Selva, entre os locais da obra iniciada no mês de abril desse ano está o terreno onde fica localizada a instituição de ensino.

A escola

Instalada no mesmo local há mais de 45 anos a escola Cel. Carlos Aloysio Weber foi berço da formação acadêmica de vários baluartes e tradicionais representantes da cultura e política portovelhense.

Com a chegada do 5º BEC na região a escola ganha melhorias tendo uma parte de sua estrutura física construída em alvenaria com recursos oriundos do 5º Batalhão de Engenharia e Construção no ano de 1969.

Recentemente a escola passou por uma pequena reforma e uma pintura geral, alguns dos funcionários trabalham no local há décadas, filhos, pais e avós formam gerações de portovelhenses que tiveram sua educação básica forma na escola que hoje pode ser demolida.

A revolta

De acordo com a comunidade, a demolição da escola é inaceitável, além do fato de não haver vagas em outras escolas de ensino

fundamental da região, os moradores alegam o contexto histórico da instituição.

“Não fomos informados de nada, o 5º BEC apenas nos enviou um oficio onde praticamente expulsa a comunidade e condena a escola, temos até o final do ano para sairmos e os tratores irão destruir uma importante parte da historia de Porto Velho, eles tem que dialogar com a comunidade, a ditadura acabou”, afirmou Luis Máximo, funcionário da escola e presidente da Associação de Moradores do bairro Triângulo, que lembrou um período da política brasileira onde desapropriações de terra eram feitas pelas forças armadas sem o mínimo dialogo ou negociação com a sociedade.

Outra questão que revolta os moradores é o fato de não haver transporte público ou escolar caso os alunos tenham que realmente sair da escola para a demolição do prédio e construção de possivelmente um condomínio onde irão morar os oficiais do Exército Brasileiro.

“Fizeram uma reunião com algumas pessoas, porém não teve quórum, mesmo assim eles votaram pela demolição da escola e utilizam isso como base”, argumentou Luis Máximo.

A resolução

Muitos moradores alegam que o problema pode ser resolvido com caso os representantes do 5º BEC estejam dispostos a conversarem com a comunidade e chegarem a um consenso. Uma das propostas apresentada pelos populares é a permanência da escola e melhorias no local. Já que virão os oficiais e seus familiares para Porto Velho a escola pode servir para os seus filhos.

Outra proposta é juntar a demolição da escola simultaneamente com a construção de uma nova escola na mesma região, pois apesar da descaracterização histórica, a comunidade sofreria menos com os impactos da extinção do colégio.

O fato é que moradores, representantes públicos e Exército Brasileiro, podem chegar a um consenso, basta vontade de ambas as partes.

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