UNIR - Greve se amplia em outros campi

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Foto: Divulgação

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O Movimento de greve de estudantes e professores da UNIR, iniciado há mais de 10 dias agora se estende a outros campi desta IFES. Somando-se à Capital e a Rolim de Moura, a greve se estendeu a Guajará-Mirim, chegou a cursos dos campi de Ariquemes, Vilhena e conta com solidariedade do Campus de Cacoal. Nesta semana uma mobilização do Comando de Greve de estudantes e professores se desloca para os demais campi para reforçar o Movimento.
Em Porto Velho, o Comando de Greve de estudantes e professores realizou protestos em emissora de TV onde o reitor e pró-reitores eram entrevistados, onde nos intervalos do programa se ouviam gritos de “Fora Januário!”. O Movimento se intensificou com atividades no centro da cidade, organizada por estudantes, atendendo a comunidade, com atividades de orientação sexual, de saúde pública e apresentando trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelos estudantes.
O Comando de greve de professores articula uma reunião com parlamentares para pressionarem o MEC a vir ao Estado de Rondônia para audiência com o Movimento Grevista. Também o ANDES – SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES, no qual a ADUNIR é uma Seção Sindical, também intensificou mobilização em Brasília para uma Audiência com o MEC, além de divulgar a todas as seções Sindicais a Greve na Universidade Federal de Rondônia.
Rolim de Moura
Em Rolim de Moura a greve paralisou todas as atividades em todos os cursos. A semana que passou contou com o reforço em sensibilizar professores a aderirem ao Movimento. Em alguns cursos, onde havia alguma resistência de poucos docentes, os estudantes aderiram a Greve e não estão freqüentando as aulas. Dentre as principais atividades da Greve, destacaram-se um debate realizado entre estudantes e professores sobre o REUNI, a Reforma Universitária e o processo de sucateamento do Ensino Superior. “A greve está servindo, além da luta por melhorias nas condições de Ensino, Pesquisa e Extensão; para estudarmos mais a fundo o processo de desmonte e privatização do Ensino Público Superior; que tem como resultado drástico o que vemos, hoje, em nossa Universidade”, concluiu um estudante do Curso de História de Rolim de Moura.
Além da mobilização e do debate, nesta segunda-feira, 26, ocorrerá uma Manifestação no centro da cidade, às 16h, que contará com a participação de estudantes e professores da UNIR e também da rede pública Estadual. “O reitor anunciou que não abrirá mais vagas aos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia e Engenharia Florestal, por falta de salas e laboratórios, alegando o atraso nas obras. Ele assume a sua incompetência ou descaso e ainda prejudica a comunidade da Zona da Mata”, conclui um estudante de Agronomia.
Outra denúncia feita pelo movimento de Greve de estudantes e professores, além das obras paradas no campus de Rolim de Moura, é o sucateamento da área experimental (Antigo Campus de Agronomia), uma área doada pela prefeitura à UNIR, com cerca de 100 hectares, e que está em completo abandono. A área que conta com estrutura de alojamentos, salas de aula, refeitório e local de laboratórios está inutilizada por falta de manutenção, além de uma área de campo extensa para os estudantes de ciências agrárias. Nas fotos observa-se a quantidade de entulhos se acumulam em banheiros, no refeitório e alojamentos.
Guajará-Mirim
Os acadêmicos do campus de Guajará-Mirim, após fechamento da Rodovia que dá acesso a cidade realizaram uma série de manifestações na imprensa local apresentando um conjunto de reivindicações que vai desde a contratação de professores até infraestrutura para o campus. Também enviaram ao Comando de Greve uma pauta de reivindicação que foi inserida na Pauta unificada de estudantes e professores.
A Greve dos estudantes continua no campus e tem apoio da maioria dos professores que também aderiram ao Movimento de Greve de professores. No último dia 21, realizaram manifestação nas ruas de Guajará-Mirim e chegaram até a Câmara de Vereadores para exigir, também, iluminação pública até o campus. O movimento contou com a participação do Diretor do Campus, Dorosnil Alves Moreira que acompanhou toda a manifestação e também fez uso do plenário da Câmara de Vereadores.
Vilhena
Sob o título de um artigo denominado “UM REITOR QUE MENTE”, professores e estudantes do curso de letras do Campus de Vilhena denunciam uma série de irregularidades e a precariedade no campus, além de desmentirem as diversas informações da reitoria sobre os laboratórios existentes. O texto conclui que “O reitor mente também ao dizer que há um segundo laboratório para atender os vários cursos do campus de Vilhena.” Na semana que se segue há intenso movimento de mobilização no campus, para que todas as atividades sejam suspensas. Uma faixa em frente ao campus denunciou o abandono do curso: Fazemos letras, mas não vivemos num conto de fadas. Livros? Laboratórios? Professores? Onde estão?
Ariquemes
Mesmo sob pressão do Diretor do Campus, Antonio Carlos Maciel, aliado fidedigno do Reitor Januário Amaral, que tenta impedir a mobilização de Greve no campus, os estudantes do curso de Engenharia de Alimentos. Segundo a Profª. Ms. Ludimilla Ronqui, “as reivindicações dos estudantes dos outros campi não diferem muito do campus de Ariquemes”. A falta de laboratórios e livros são os principais problemas encontrados. Os livros disponibilizados ao campus não são novos, segundo relata a bibliotecária Fabiany Moraes de Andrade, afirmado “que ocorreu um problema na licitação” e que isso, segundo informou a Administração Superior só será resolvido no final do ano. Enquanto isso, os estudantes do curso de Engenharia de Alimentos, mobilizam os outros cursos para aderirem a Greve: “Sem estudantes, os professores não terão como dar aula, mesmo aqueles que apóiam os desmandos do Reitor Januário Amaral”, afirmou um Estudante da Engenharia de Alimentos.
Cacoal
Mesmo decidindo inicialmente pela não adesão à greve na UNIR, professores, estudantes e técnicos administrativos realizaram 
Paralisação no Campus de Cacoal e reuniram-se para elaboração de uma carta proposta a ser enviada à reitoria da instituição. Entre outras reivindicações, eles reivindicam a contratação de professores, mecanismos para melhorar a transparência nas ações desenvolvidas pela administração da universidade, ampliação do acervo bibliográficos e benefícios salariais.
A professora Simone Marçal, do Curso de Administração, ao apresentar as principais reivindicações, destacou a preocupação com o quadro de docentes efetivos da instituição. Segundo os números exibidos, o Curso de Administração tem a situação mais delicada. Hoje, o campus tem 290 alunos nesse curso e 05 professores efetivos, o que representa 58 alunos por professor, quando o recomendado seria 18 por um. Conforme explicou, até 2014 a instituição terá 400 acadêmicos de Administração e, portanto, a reivindicação é que sejam contratados efetivamente 11 docentes. Não está descartada a adesão à Greve, já que nova assembléia está marcada.
Movimento em outras Universidades e na Internet
Diversas Seções Sindicais do ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes, além de divulgarem as notícias da Greve da Universidade Federal de Rondônia, também se mobilizam para enviar NOTA DE SOLIDARIEDADE ao Movimento Grevista e exigirem o afastamento do Reitor José Januário de Oliveira Amaral. Uma mobilização para pressionar o MEC a afastá-lo até que se conclua a apuração de todas as irregularidades na sua Administração, assumindo a Vice-Reitora, Profª Drª Maria Cristina Vitorino França. “Não queremos intervenção do MEC na UNIR, mas que se afaste o Reitor, para que a própria comunidade acadêmica junto com os organismos de Controle Externo possam ir a fundo para identificar todas as irregularidades e punir os responsáveis”, diz um dos membros do Comando de Greve.
Na Internet, além das redes sociais, como o twitter, que criaram uma campanha #Fora Januário, uma petição pública disponível no site: www.peticaopublica.com.br , iniciada a três dias, já conta com 1.000 assinaturas exigindo do MEC o afastamento do Reitor. O texto da petição diz “A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) encontra-se numa situação de abandono e descaso levado a cabo por uma administração superior que não privilegia o ensino, a pesquisa e a extensão, pilares de uma universidade comprometida com o desenvolvimento de uma sociedade. O atual reitor está no poder desde 2003 e a cada dia só piora a vida das pessoas que fazem a UNIR. Cansados dos abusos, da falta de diálogo, da sujeira que assola os campi e das imensas denúncias de corrupção, elaboramos este abaixo-assinado com o intuito de angariar apoio da sociedade para a nossa luta por uma universidade séria, idônea e responsável pela formação de profissionais qualificados.” Para assinar a petição acesse: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=MFJ2011
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