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Caos generalizado, esta é a situação relatada pelos moradores do bairro Agenor de Carvalho, zona Norte de Porto Velho, durante a madrugada entre as ruas Emídio Alves Feitosa e Alexandre Guimarães.
De acordo com a comunidade, famílias inteiras estão vivendo a mercê de jovens que utilizam o estacionamento de uma boate para praticarem todos os tipos de baderna. Sempre por volta das 04h00 várias pessoas se aglomeram no local e embalados ao som emitido de potentes aparelhos sonoros automotivos, tiram o sono e a paz dos moradores próximos ao local.
O fato já havia sido relatado no último mês de junho pelo jornal Rondoniaovivo, em uma matéria intitulada “Bebedeira, som alto e infrações de trânsito em frente boate, tiram o sono de moradores do bairro Agenor de Carvalho”, nessa reportagem foi exposto às autoridades toda a revolta da comunidade próxima ao local que havia inclusive denunciado o transtorno ao Ministério Público de Rondônia, porém meses depois o tumulto só aumentou.
Terra sem lei
Como se não bastasse o fato de pais de família e trabalhadores terem seu direito de repouso cerceados pelos baderneiros, outra
questão atormenta os vizinhos da área, o fato de que durante os horários de algazarra as proximidades da região tornam-se uma terra sem lei, onde todos os tipos de infrações de trânsito são desrespeitadas, motociclistas sem capacetes, cavalos de pau e “pneus queimados” são aplaudidos e comemorados pelo grande numero de jovens que se aglomeram no local.
O consumo de droga também é outro problema, pois relatos dão conta que os “festeiros” aspiram cocaína sem o menor pudor em frente residências familiares, o medo de represálias impedem os moradores de reclamarem e as ruas ficam “por conta” dos viciados.
A promiscuidade exagerada em plena via pública também é outro grave problema ligado a esse ponto de encontro, já bêbados e tomados pela “loucura”, os jovens fazem sexo sem nenhuma preocupação, apenas escoram-se nos carros estacionados em frente às residências e praticam o ato ali mesmo.
Polícia
Alguns moradores afirmaram não entender o motivo da polícia não conseguir acabar com a “farra”, pois se realizassem apenas uma operação incluindo Juizado de Menor, Polícia Militar, Polícia Civil e DETRAN, iriam certamente encontrar milhares de irregularidades, além de coibir o retorno dos “baderneiros” ao local.
“Nós ligamos para a polícia, porém a viatura chega, pede para os donos de carros abaixarem o som e logo vão embora, cinco depois a farra volta pior do que já tava”, afirma um morador do local que prefere não se identificar.
Ministério Público
A comunidade local afirmou que irá entrar com mais uma denuncia no Ministério Público, somando três denuncias ao total, eles afirmam não enxergarem outra alternativa de resolverem o problema a não ser dessa forma.
“Esperamos que o MP/RO consiga resolver nossa situação, sabemos que o proprietário da boate está regularizado e não tem culpa da algazarra fora de seu estabelecimento, porém, precisamos de uma solução imediata para essa situação de terror no qual fomos acometidos”, concluiu um morador da área.