A equipe de assessoria técnica, social e ambiental para a reforma agrária (ates) de Cujubim, distribuiu mais de 45 mil quilos de sementes e mudas de essências florestais para agricultores familiares do Projeto de Assentamento Renascer. A ação faz parte de uma campanha de conscientização para produção consciente, livres de práticas que danifiquem o solo e água na produção de alimentos. Para fortalecer essa idéia será realizada ainda, uma campanha para orientação dos destinos das embalagens vazias de agrotóxicos.
Através de contrato firmado com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a equipe de ates vem desenvolvendo um trabalho de orientação na produção de alimentos com base nas práticas agroecológicas e na conscientização da preservação dos recursos naturais e ambientais.
Segundo a engenheira florestal da Emater, Alexandra Soares Serra o mundo passa por um momento de destruição passiva, onde é questionada a necessidade de se produzir, ignorando, porém, a importância da preservação e manutenção das florestas. “O desmatamento e as queimadas, largamente utilizadas no projeto de assentamento, representam um risco considerável, pois as conseqüências dessas ações são drásticas, como o assoreamento dos rios, a perda de exemplares tanto da fauna quanto da flora que ainda não foram catalogados, além da escassez de nutrientes e a perda de fertilidade do solo”, diz.
A finalidade da ação é reduzir significativamente os dados negativos e contribuir para a preservação do meio ambiente. Para isso a equipe de ates distribuiu mudas e sementes de diversas essências florestais como: Pinho Cuiabano (Schizolobium amazonicum), Jatobá (Hymenaea courbari), Jacarandá (Jacaranda mimosaefolia) e Palmeira Real (Archontophoenix alexandrae) entre outras, num total de 45.786 quilos de sementes a agricultores familiares do Projeto de Assentamento Renascer.
A extensionista comenta ainda que devido o ser humano ser totalmente dependente da natureza faz-se necessário que o homem molde suas atitudes a fim de minimizar os impactos ambientais. “É preciso que o homem do campo concilie natureza e produção, com o auxilio de práticas agroecológicas, assim muitos desses danos poderiam ser evitados”, explica, citando como exemplo a substituição de agrotóxicos por defensivos naturais que, segundo ela, “impedem a contaminação da água, do solo e até mesmo dos alimentos que passam a ser produzidos de maneira saudável”.
Em busca do fortalecimento dessas ações a equipe da Emater realizará nos próximos dias 4 e 5 de julho, em parceria com a Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), uma campanha de conscientização do destino e recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos nos projetos de assentamento “Agostinho Becker” e “Renascer”.