Chico Caçula não é mais vereador de Porto Velho. Renunciou seu mandato na tarde de quinta-feira (16), às 16h, após reunir-se com seus pares, no gabinete da presidência da Casa. Saiu não por vontade própria, mas por que foi pressionando a fazê-lo, para não correr o risco de ter que enfrentar um processo disciplinar, o que, na prática, seria ainda mais desgastante tanto para ele quanto para a Câmara.
Entretanto, se quisesse permanecer no cargo conquistado nas urnas, nada o impediria, já que estaria amparado pela Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara. A decisão de renunciar foi muito mais política do que propriamente jurídica, uma vez que a LOM diz, em seu art. 52, Inciso VI, que o vereador só perde o mandato quando sofrer condenação criminal em sentença transitada e julgada, o que não é o caso, já que o seu processo encontra-se em fase recursal.
No lugar de Chico assumiria o vereador licenciado Mário Sérgio (que, atualmente, está à frente da EMDUR – Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano), mas este já declarou que não pretende voltar, agora, à Câmara.
Nesse caso, a bola da vez seria o professor Mário Jorge, mas dificilmente ele trocaria o polpudo salário de quase R$ l5 mil reais, que recebe como assessor especial do governador Confúcio Moura, pela metade desse valor, que é quanto ganha um vereador, mais a verba de gabinete, para ficar menos de um ano na cadeira, uma vez que, na hipótese de pleitear a reeleição, Mário Sérgio seria obrigado a reassumir sua cadeira na Casa, nos primeiros meses de 2012.
Aí o caminho estaria livre para quem? Ele, mesmo, o Cabo Anjo. Mas, como Anjo abandonou o PMN, o partido certamente puxar-lhe-á o tapete, sob o argumento de que o mandato pertence à grei e não ao candidato, abrindo, assim, vaga para o filiado Abel da TEC FARMA, que segundo informações, já teria não só encomendado o paletó, como também os “comes e bebes” para comemorar.