Bebedeira, som alto e infrações de trânsito em frente boate, tiram o sono de moradores do bairro Agenor de Carvalho

Entre o período que compreende às 00h00 até as 04h0, o caos toma conta da região e as ruas próximas a esse bar tornam-se locais onde a lei simplesmente parece não interessar a todos que ali se “divertem”.

Da Redação

14 de Junho de 2011 às 08:13

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Bebedeira, som alto e infrações de trânsito em frente boate, tiram o sono de moradores do bairro Agenor de Carvalho

Foto: Divulgação

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Um grave problema vem tirando o sono dos moradores do entorno das ruas Alexandre Guimarães e Rua 3 do Bairro Agenor de Carvalho, zona Norte de Porto Velho. Segundo informações, todas as quintas-feira um grande número de pessoas se aglomeram em frente a uma boate conhecida como “Sardinha Pub”.

Entre o período que compreende à 00h00 até as 04h00, o caos toma conta da região e as ruas próximas a esse bar tornam-se locais onde a lei simplesmente parece não interessar a todos que ali se “divertem”.

Motociclistas sem capacete empinam suas motos com escapamentos adulterados com o claro intuito de provocar barulho, jovens motoristas abrem a tampa traseira de seus carros e colocam músicas no nível mais alto de volume. Tudo embalado com excessivo abuso de bebida alcoólica, músicas de caráter pornográfico e provavelmente uso de drogas.

“Acredito que jovens que ficam até as 04h00 da madrugada de uma quinta-feira fazendo esse tipo de baderna, com certeza não estão apenas bêbados”, afirmou um morador que por motivos de segurança prefere não se identificar.

O local onde esses “festeiros” se aglomeram fica em um terreno baldio que praticamente se tornou um anexo do “Sardinha Pub”, ao final da festa a cena que os moradores encontram quando vão trabalhar pela manhã é de guerra, vários copos espalhados pelo chão, latas de cervejas vazias, invólucros vazios de drogas e até fezes humanas.

Problemas Físicos

O som é tão alto que vem causando problemas de saúde em alguns moradores, que além de sofrerem dos problemas físicos oriundos pela perda de sono, também começam a apresentar quadros de enxaquecas e stress. Tudo devido ao "piseiro" a que são submetidos os pais de família que precisam trabalhar na manhã seguinte.

“Eu consigo sentir o barulho do som dos carros balançando o meu travesseiro, não tem condição de descansar após um dia de trabalho, será que as autoridades não vão tomar uma definição para defender quem trabalha?”, afirmou o morador.

A primeira denúncia

No mês de fevereiro de 2011, uma denúncia protocolado no Ministério Publico Estadual, levou à uma ação em conjunto entre a Polícia Militar, SEMA, SEMTRAN, Polícia Militar Ambiental,

DETRAN e Corpo de Bombeiro, fato que diminuiu com a baderna, porém quatro meses depois a situação voltou do mesmo jeito que era antes, e pior, pois agora além da quinta-feira, as festas se estende a sexta-feira, sábado e domingo.

Cansados de tanto abuso, os moradores do Agenor de Carvalho clamam por uma solução rápida para essa situação que já se transformou em uma tortura psicológica sofrida semanalmente.

Câmara dos Vereadores

Alheio a tudo isso, a Câmara dos Vereadores de Porto Velho, aprovou no ultimo dia 31 de maio, uma lei de autoria do Vereador Marcelo Reis (PV), no qual obriga a pessoa que realiza denuncia de poluição sonora a se identificar.

Lei essa que claramente irá inibir pessoas que sofrem com esses abusos e certamente irá garantir a impunidade de vários estabelecimentos que tiram o sono de seus vizinhos.

Porto Velho é uma cidade onde existe um grande numero de bares e boates que funcionam inclusive 24h por dia, uma lei de fiscalização séria, seguida de uma ação policial efetiva deve ser rapidamente iniciada para defender o direito de cidadãos que tem suas residências invadidas pelo barulho de “festeiros” que não respeitam o direito alheio.

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