Agentes de saúde são capacitados sobre doenças e agravos não transmissíveis
Foto: Divulgação
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As doenças e os agravos não transmissíveis estão sendo tema de uma série de palestras realizadas pela Prefeitura de Porto Velho direcionadas aos agentes comunitários da saúde. A palestra desta sexta-feira, 06, foi na Faculdade de Ciências Administrativas e Tecnologia (Fatec) e o trabalho é coordenado pela Coordenadoria Municipal de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
Régia Martins, responsável pela coordenadoria, explicou que esse novo mal do século é ocasionado pelas transformações sociais e econômicas ocorridas no século passado provocaram mudanças importantes no perfil de ocorrência das doenças na população, daí a necessidade da capacitação.
Entre os fatores que contribuíram para essa transição epidemiológica estão, o processo de transição demográfica, com queda nas taxas de fecundidade e natalidade e um progressivo aumento na proporção de idosos, favorecendo o aumento de doenças crônico-degenerativas (doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias); e a transição nutricional, com diminuição expressiva da desnutrição e aumento do número de pessoas com excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Somam-se a isso o aumento dos traumas decorrentes das causas externas (violências, acidentes e envenenamentos, etc.).
Ela lembrou que só no trânsito, por ano, a média de óbitos registrados em Porto Velho chega a 105, e para cada grupo de 100 mil habitantes, 35 morre no trânsito. Outro dado importante é que de acordo com os números, a cada 24 horas uma pessoa morre em acidentes de trânsito na capital de Rondônia. “Nossa meta é mudar esse quadro. Por isso estamos fazendo essas capacitações para que essas pessoas passem a ser multiplicadores. “disse. Nas palestras são abordados vários assuntos como violência, hipertenção, diabetes, acidentes de trânsito, álcool e drogas.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças e agravos não transmissíveis já são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo e por 45,9% da carga global de doença, constituindo um sério problema de saúde pública, tanto nos países ricos quanto nos de média e baixa renda.
No Brasil, as violências representam a terceira causa de morte na população geral, as mesmas são responsáveis pela primeira causa de morte na faixa etária de 01 a 39 anos de idade. Em 2006, registrou-se um total de 48.424 homicídios e 33.602 óbitos provocados pelo trânsito. A grande maioria das vítimas de trânsito são os pedestres, principalmente crianças e idosos.
A maioria dos homicídios ocorre em adolescentes, jovens e adultos jovens com uma maior concentração na faixa etária de 20 a 29 anos, o que tem causado um grande impacto sobre a saúde da população, diminuído a qualidade e expectativa de vida de adolescentes e jovens. A maioria das vítimas são homens, jovens, da raça negra, baixa escolaridade e nível sócio-econômico.
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