Greve à vista na educação - Valdemir Caldas

Greve à vista na educação

Greve à vista na educação - Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Há muito tempo que a população rondoniense vem sofrendo na pele as agruras da incompetência que corrói as estranhas do serviço público, nas mais diferentes esferas de poder. Os alvos mais freqüentes da ojeriza político-administrativa são os setores da educação, saúde e segurança pública.
Depois da greve da polícia militar, agora é o segmento da educação estadual que ameaça (e com justa razão) paralisar suas atividades por melhores salários e condições dignas de trabalho.
Verdadeiramente, os salários pagos aos profissionais da educação são um escárnio. E não somente a eles, mas a maioria dos que presta serviços à máquina burocrática, seja no âmbito estadual, seja no campo municipal, seja, ainda, em nível federal. Para essa regra, parece que não há exceção.
As autoridades pretensamente competentes precisam compreender que servidor público não é capacho. É um trabalhador como qualquer outro, com problemas familiares e um amontoado de contas a pagar. Por isso, não pode ser tratado como uma espécie de outro planeta, sem qualificação, um alienado.
Infelizmente, muitos dos que hoje ocupam cargos de confiança na administração pública, não sabem fazer outra coisa senão calcar a autoridade que julgam ter em cima de humildes servidores.
Definitivamente, os tempos são outros. Pena que certos dirigentes insistem em conduzir o veículo olhando, apenas, pelo retrovisor. Muitos deles, inclusive, preferem priorizar as questões epidérmicas, aquelas que, na verdade, deveriam ser subprodutos das ações governamentais, relegando a raiz do problema a um plano secundário. Depois, a corda acaba no pescoço do povo.
Néscios, acreditam que os gargalos da educação serão resolvidos, apenas, com a construção, reforma e ampliação de prédios, ou, ainda, com a elaboração e implantação de um sistema de carreiras, enquanto a formação de recursos humanos, através de conhecimentos teóricos e práticos e cursos periódicos de aperfeiçoamentos, com vistas à valorização dos profissionais, não passam de discursos gongóricos em período eleitoral.
Depois, os detentores do poder querem cobrar do professor resultados, sem, contudo, oferecer-lhe os instrumentos necessários e indispensáveis de que ele tanto precisa para levar adiante sua difícil, mas honrosa e gratificante missão.
Educação é coisa séria, tanto quanto saúde e segurança pública. A sociedade e os poderes constituídos não podem continuar aceitando, tacitamente, a sangria imoral dos dinheiros públicos, muitos de conhecimento da população, enquanto esses e outros setores vivem à míngua de recursos.

Já passou da hora de nossas autoridades descerem do palanque. O educador e advogado americano Derek Bok lembra que, "se você acha que a educação é cara, tenha a coragem de experimentar a ignorância.”

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