Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher cobra delegacia 24 horas

Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher cobra delegacia 24 horas

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Foto: Divulgação

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A prefeitura de Porto Velho promoveu na tarde desta sexta feira (15) a segunda reunião da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher em 2011. O principal tema do encontro, que aconteceu na Sala Guaporé do Teatro Banzeiros, foi o funcionamento da Delegacia de Defesa da Mulher e Família (DDMF) 24 horas, para atender as vítimas. “Atualmente, essa é a nossa principal bandeira de lutas”, declarou a coordenadora da rede, Sheila Dolores Tristão.
 
Os integrantes da Rede de Enfrentamento foram informados pela secretária do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, Francisca Serrão, que na próxima terça feira (19), às 15 horas, haverá uma reunião na Secretaria de Segurança Pública, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), para mais uma vez cobrar o funcionamento da DDMF 24 horas, inclusive aos finais de semana. Ela lamentou o fato de que o prédio equipado para funcionar o plantão da delegacia teve seu objetivo desvirtuado. “O que funciona atualmente lá é a Delegacia do Meio Ambiente. Mais uma vez as mulheres ficaram em terceiro plano”, desabafou.
 
Para amenizar a falha no funcionamento da DDMF, o Centro de Referência da Mulher Vítima de Violência, Sonho de Liberdade, montou plantão 24 horas para fazer os encaminhamentos aos setores competentes, inclusive delegacias de polícia. “Esse não é o papel nosso. Cadê o papel da delegacia? Os maiores índices de violência contra mulheres acontecem à noite e aos finais de semana. Onde denunciar?”, questionou.
 
Sheila também disse que a DDMF foi totalmente reformada recentemente e adaptada para prestar atendimento digno às vítimas, mas a Sesdec afirma que não dispõe de recursos humanos e nem de equipamentos para que a delegacia funcione 24 horas.
Conselho Tutelar
 
A reunião da rede também serviu para reforçar a parceria com os Conselhos Tutelares e Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente. O objetivo é agilizar o atendimento a esse público todas as vezes que a mãe precisar ser encaminhada para o Centro de Referência ou Casa Abrigo. “As crianças não podem ficar desassistidas, a mercê da violência do pai ou do padrasto”, avalia.
Centro de Referência
 
Sheila ainda esclareceu que o Centro de Referência é um ponto de atendimento psicológico, social e jurídico, mas não presta qualquer tipo de assistência social, como distribuição de cestas básicas. “Temos profissionais para fazer o diagnóstico de vulnerabilidade social das vítimas em todos os sentidos, depois, encaminhamos para o setor competente. Caso seja necessário, elas são inseridas em programas sociais”, disse.
 
A rede de enfrentamento é formada por diversos órgãos municipais, estaduais e entidades da sociedade civil organizada. Participaram do encontro, representantes da Semusa, Semed, Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres, Delegacia da Mulher, Casa Abrigo, Centro de Referência e Defensoria Pública.
  
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