Valter Araújo disse que é favor da manutenção dos empregos, mas se as demissões forem irreversíveis, que atinjam as pessoas que vieram de fora e que foram embora após a ação violenta na usina.
Foto: Divulgação
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O tumulto na usina de Jirau, com queima de ônibus, veículos e alojamentos no último mês e março, que provocou a paralisação da obra durante duas semanas, ainda tem reflexos negativos. O consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) anunciou que irá demitir cerca de 6 mil dos mais de 20 mil trabalhadores, decisão que preocupa o presidente da Assembleia Legislativa Valter Araujo (PTB).
O consórcio anunciou que irá demitir trabalhadores, uma decisão da empresa após o quebra-quebra. “Se realmente as demissões são necessárias, para a viabilidade da obra com segurança, que elas sejam efetuadas, mas é necessário critérios e responsabilidade com Rondônia”, disse Valter Araújo, que teve participação ativa no abrandamento dos ânimos durante os dias de tensão em Jirau.
Valter Araújo disse que é favor da manutenção dos empregos, mas se as demissões forem irreversíveis, que atinjam as pessoas que vieram de fora e que foram embora após a ação violenta na usina. O trabalhador de Rondônia não pode ser penalizado, porque há um pacto de aproveitamento da mão de obra local de 60% a 70%. “Não podemos abrir mão disso”, argumentou.
Rescisão A legislação trabalhista determina que as rescisões sejam feitas nos locais de trabalho (Estados, municípios). O deputado Valter é sabedor disso, mas defende que a Delegacia do Trabalho desloque uma equipe para realizar as rescisões nos locais de origem dos trabalhadores. Entende Valter Araújo, que se isso não for possível, “que os trabalhadores sejam deslocados até Rondônia para promoverem as rescisões e enviados posteriormente para suas cidades”.
O não cumprimento do acordo de contratar mais de 60% dos trabalhadores de Rondônia não pode mais ocorrer. A prioridade foi defendida pelo ministro do Trabalho Carlos Lupi, quando esteve no Estado, no início desta semana. “Vamos ficar vigilantes para que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados, e acima de tudo que a mão de obra de Rondônia seja priorizada nas novas contratações”, concluiu o presidente da Assembleia Legislativa Valter Araújo.
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