A postura adotada pelo governador do estado de Rondônia, Confúcio Moura, de nada vem servindo para esclarecer aos rondonienses fatos lamentáveis envolvendo membros do primeiro escalão de seu governo.
Indiferente ao que acontece ao seu redor, o governador parece que ainda não se deu conta da gravidade do problema e do quanto isso representa para macular a imagem “proba” de sua administração, levando-a para o abismo do descrédito popular.
Comporta-se, sua excelência, como se vivêssemos no mundo encantado da fantasia, como se essa bagunça generalizada, essa falta de comando não ameaçassem as estruturas da máquina oficial, comprometendo-a de morte.
Esse contraste entre o desejo proclamado pelo governador e os acontecimentos deploráveis que se desenvolvem, ainda não os motivou a aproveitar a oportunidade e dar o recado que o povo gostaria e exige dele, como autoridade máxima do estado.
A sabedoria popular há muito consagrou a relação entre o fogo e a fumaça. Assim, se há fumaça, por certo haverá fogo. É provável que nem tudo que se tenha dito e escrito, até agora, sobre o governo Confúcio e alguns de seus auxiliares, seja verídico, mas alguma coisa insinua que teria ocorrido.
Necessário, pois, que o governador esclareça melhor os fatos e deixe patente àqueles que, supostamente, estariam colocando a carroça na frente dos bois de que há um comandante na nau, e não passar a mão pela cabeça de quem quer seja.
É exatamente isso o que já deveria ter feito o governador, ou seja, proclamar, como reafirmação de sua autoridade, em alto e bom som, seus reais desígnios, e não somente alertar aos menos acostumados ao rigor no manuseio da coisa pública, a respeito dos riscos que cercam qualquer deslize, como também afastar dos quadros os que estão enrolados com a Justiça.
Somente palavras vigorosas não vão, jamais, ajudar a resolver os graves e difíceis problemas pelos quais o estado vem atravessando, nas mais diferentes áreas, com relevo para a saúde, educação e segurança pública, apenas para ficar nesses três exemplos.