Usina inicia transporte de transformadores
Foto: Divulgação
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Atenção dos motoristas deve ser redobrada para a segurança no trânsito
Está previsto para a próxima segunda-feira (31) o transporte do primeiro transformador da Usina Hidrelétrica Jirau, dos três que chegaram ao Porto Graneleiro de Porto Velho no dia 22 de janeiro. A peça é um equipamento elétrico que tem a função de transformar a voltagem da energia gerada por grupo de quatro geradores, para tornar viável, econômica e tecnicamente, a transmissão da energia por meio das linhas de alta voltagem.
De acordo com o diretor de Engenharia da Energia Sustentável do Brasil, concessionária de Jirau, Maciel Paiva, a chegada dessa primeira carga de grande porte ocorre de forma antecipada ao cronograma de construção. “De tal modo que chegarão em datas intercaladas, com uma organização que objetiva evitar riscos e entraves de logística que prejudiquem o cronograma geral da obra”.
No dia 06 de fevereiro deverá iniciar o segundo transporte e o terceiro no dia 13 de fevereiro, podendo haver alteração das datas, a ser previamente informada. A partir de então, a cada seis meses chegarão ao Porto dois transformadores, que serão transportados de forma unitária com intervalo de seis dias. Ao todo a Usina contará com 14 transformadores.
A trajetória até o canteiro de obras, a 120 km de Porto Velho, parte do pátio do Porto para a Avenida dos Imigrantes, passa pela Avenida Jorge Teixeira, seguindo para a BR-364, sentido Rio Branco (AC). A saída do Porto deverá ser às 8 horas, e o trajeto poderá ter duração de 6 a 62 horas, de acordo com a necessidade de paradas em pontos de desvios, devido a condições de tráfego, pista e clima.
O Inspetor Superintendente da Polícia Rodoviária Federal, André Tadeu dos Santos, aconselha cuidado redobrado no trânsito. “Recomendamos aos motoristas que passarão pelas mesmas vias e rodovia por onde será transportado o transformador, que no dia do transporte redobrem a atenção em relação à velocidade e sinalização, principalmente em caso de chuvas. Se possível, que até evitem utilizar essas vias”, indica André.
O transporte será feito por um veículo do tipo Linha de Eixo de 3,8 m de largura, 32 m de comprimento e um total de 128 pneus, distribuídos em 16 eixos. Será tracionado por duas carretas, seguindo a 20 km/h e no máximo a 40 km/h. Para auxiliar na segurança e boa trafegabilidade do trânsito que segue no sentido Acre, o transporte será acompanhado da escolta da Polícia Rodoviária Federal e de batedores da empresa Cruz de Malta, especializada no transporte terrestre de cargas pesadas.
Logística
Cada transformador, que vem desmontado, pesa em média 250 toneladas.A peça que será agora transportada pesa 185 toneladas com 4 m de largura, 6 de altura e 8 de comprimento.Devido a essas dimensões, um grande esforço de logística é necessário para realizar o transporte.
O coordenador de Logística da Siemens, empresa responsável pela fabricação dos transformadores da Usina Jirau, Carlos Antonio Rocha Koury, ressalta que foram feitos amplos estudos com dois anos de antecedência para viabilizar o transporte com segurança e sem falhas, incluindo projetos da equipe de Logística da Energia Sustentável do Brasil. Tudo isso visando verificar as condições das pontes e vias de Rondônia, para suportar cargas pesadas. “O sistema utilizado já foi colocado em prática em outros grandes empreendimentos”, conta Koury.
“Com tanta variedade de tipos de balsas e do fluxo do rio em termos de nível, ora baixo ora alto, tivemos que elaborar uma plataforma de transferência ajustável (rampa) que se adapta dimensionalmente a cada situação”, conta o engenheiro Roberto Etuo Fukami, sobre a fabricação feita especialmente para Jirau da plataforma sem similar no Brasil em termos de tecnologia. Mais de 30 profissionais, ao todo, estarão envolvidos com o transporte terrestre e fluvial, vistoria e operações de descarregamento.
De acordo com o diretor da Bertling, subcontratada pela Cruz de Malta para o transporte marítimo e fluvial dos transformadores, Paulo José Alves dos Santos, foram mais de oito meses de estudos do porte hidráulico do rio Madeira para projetar a balsa que faz o transporte de Jirau do porto de Manaus ao de Porto Velho. Pontos de amarração para ancorar, com segurança, a balsa com capacidade para cargas de até 600 toneladas foram instalados no Porto da capital de Rondônia. “O transporte via fluvial foi um sucesso. Com isso, mostra-se que o rio Madeira é uma alternativa para o escoamento de produtos variados com saída para o Pacífico, de forma rentável, segura e com a minimização de impactos e transtorno nas rodovias”, observa Santos.
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