IPAM - Candidato suspeita que tropa de choque da prefeitura queira impedir que cunhado de Roberto Sobrinho seja investigado

o Conselho de Previdência do Ipam, que é eleito, nada faz para evitar que o instituto seja prejudicado pela prefeitura. “Ficam todos caladinhos, com um sanduíche na boca para comer com coca-cola, enquanto o servidor não consegue ser atendido direito nos h

Da Redação

10 de Novembro de 2010 às 09:51

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IPAM - Candidato suspeita que tropa de choque da prefeitura queira impedir que cunhado de Roberto Sobrinho seja investigado

Foto: Divulgação

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O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Raimundo Nonato da CUT, anunciou hoje uma de suas primeiras propostas como candidato a coordenador de previdência do Instituto de Previdência e Assistência do Servidor Municipal de Porto Velho (IPAM), cujas eleições ocorrem dia 22 de dezembro. A proposta seria a fiscalização de dos repasses da dívida que a Prefeitura tem com o Instituto, que é superior a R$ 40 milhões.

Em 2007, quando era presidente do Conselho Deliberativo do Instituto, Raimundo Nonato da CUT foi autor da denúncia que culminou com uma auditoria do Ministério da Previdência nas contas do IPAM. Isso forçou a Prefeitura a negociar sua dívida com o Instituto, percorrendo o mesmo caminho feito pela Câmara Municipal que também devia R$ 9 milhões. “Será que os repasses estão mesmo acontecendo?”, questionou Raimundo.

Raimundo disse que tem razões de sobra para se preocupar com o não cumprimento do acordo, pois o pagamento da dívida foi algo que a Prefeitura teve que engolir goela abaixo. “A Prefeitura não tinha interesse em pagar essa dívida. Por outro lado, o cunhado do prefeito é presidente do Instituto. Logo, as parcelas do pagamento da dívida podem não estar sendo quitadas. Quando assumir o Conselho vou abrir essa caixa preta que existe no IPAM”, disse.

Raimundo Nonato da CUT é um dos principais opositores da atual administração do IPAM e autor de várias denúncias contra o atual presidente do órgão, Herbeth Peixo “Beto”. Uma dessas denúncias é que já foram gastos os recursos disponíveis do Fundo de Assistência à Saúde. É por isso que os segurados estão tendo um péssimo atendimento nos hospitais e clínicas da cidade. O dinheiro para arcar com assistência médica acabou.

“Enquanto isso, o prefeito Roberto Sobrinho deixou de fazer os repasses da parte do município ao Ipam durante seis meses, alegando que faria um estudo para verificar se é mesmo necessário repassar o dinheiro. A Câmara de Vereadores pegou uma carona nesse calote e também parou e passar sua parte, durante sete meses. Isso está prejudicando o servidor municipal”, denunciou Raimundo Nonato.

De acordo com o presidente do CES, o Conselho de Previdência do Ipam, que é eleito, nada faz para evitar que o instituto seja prejudicado pela prefeitura. “Ficam todos caladinhos, com um sanduíche na boca para comer com coca-cola, enquanto o servidor não consegue ser atendido direito nos hospitais”, afirmou.

Para ele, “é como se estivesse tudo tudo casa” entre a prefeitura e os atuais membros do Conselho Previdenciário do Ipam, que deveriam fiscalizar o órgão para identificar as possíveis irregularidades. “Do jeito que a coisa está, não vão apurar nem mesmo a denúncia de que o orçamento do instituto estourou. Vai ficar tudo por isso mesmo”.

De acordo com Raimundo Nonato, atitudes assim levam a crer que os aliados do prefeito querem impedir que pessoas dispostas a fiscalizar vençam a eleição. “Tem coisa errada no Ipam. Já haviam dado um tremendo rombo no Fundo Previdenciário e agora estouram o orçamento do Fundo de Assistência Médica. Precisamos apurar o que de fato está acontecendo no instituto, antes que seja tarde demais”, denunciou.

Outra denúncia feita pelo sindicalista é que o atual presidente do IPAM deu um rombo de mais de R$ 200 mil nos cofres do instituto quando era tesoureiro através da compra de títulos públicos com sobrepreço. O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Raimundo Nonato Soares, citou que Sobrinho promoveu cunhado depois disso, nomeando-o presidente.

“É algo estranho. No meu ponto de vista, quando alguém dá um rombo em um órgão deve ser exonerado. João Herbety Peixoto dos Reis, no entanto, foi promovido. Depois disso, as irregularidades no Ipam continuaram, até mesmo por falta de fiscalização”, afirmou.

Raimundo Nonato disse que há fortes suspeitas que que a tropa de choque da prefeitura esteja querendo impedir que o cunhado de Roberto Sobrinho seja fiscalizado por pessoas dispostas a denunciar. “Lá é gasto mais de R$ 1 milhão por mês com terceirização. Isso deve ser acompanhado”, acrescentou.

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