Seis dias nos separam da eleição para a escolha de presidente da República e governador do estado de Rondônia e poucos esclarecimentos têm sido prestados à sociedade.
No âmbito estadual, tem prevalecido a conhecida técnica de confundir as mentes dos eleitores desavisados, sobretudo com artifícios que em nada concorrem para tornar mais consciente à escolha a ser feita no próximo dia 31 de outubro.
Comportam-se, os candidatos a governador, como se estivéssemos no mundo encantado da fantasia, onde não há miséria, violência, escolas e hospitais públicos em frangalhos, servidores mal remunerados, estradas esburacadas e crianças esmolando pelas ruas centrais das cidades.
Daí a recalcitrância em tratar esses e outros temas com absoluta irresponsabilidade, reiterando uma conduta nada edificante, que, aliás, já mandou muita gente para o ostracismo.
São por essas e outras que, hoje, no vocabulário popular, política virou, grosso modo, sinônimo de esperteza, de patifaria, de mentira e ganância.
Esse iracundo sentimento de desencanto coletivo em relação à classe política é o termômetro que mostra por que expressiva parcela do eleitorado ainda está indecisa quanto à confiabilidade que possam merecer os dois contendores.
A reconstrução do estado, em bases sólidas, e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida da população, sem mistificação nem utopia, são pressupostos inadiáveis, que precisam ser colocados em prática, com urgência.
É imprescindível estabelecer que as carpideiras do servilismo em busca de mais devassidão sejam varridas do mapa político rondoniense, para que possamos sonhar com um futuro, senão desejado por todos, mas pela maioria dos rondonienses.
Precisamos dizer um sonoro não aos pregoeiros do passado fracassado, que intentam tomar o estado de assalto para satisfazerem seus interesses escusos e de uma súcia de apaniguados.
Vamos mostrar a essa gente que não temos donos nem senhores. Tampouco somos um rebanho dócil capaz de se amoldar aos caprichos e devaneios políticos de ninguém.