A prefeitura de Porto Velho está prestes a concluir a primeira fase das obras de restauração do complexo da lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM). O anúncio foi feito pelo secretário municipal de desenvolvimento socioeconômico e turismo, José Carlos Gadelha, responsável pelo projeto.
Gadelha salienta que já foram investidos R$ 12 milhões na obra, recursos oriundos do Ministério do Turismo, do próprio município e das compensações pela construção das hidrelétricas de Santo Antônio. “Já restauramos os dois galpões, o anfiteatro, o pátio, o calçadão que sai da Rua Dom Pedro II até a Rua 13 de Maio, e também construímos cinco quiosques para os ambulantes que trabalhavam em barracas às margens do rio Madeira”, afirmou,
Ainda está em obra, a estação ferroviária, o plano inclinado (agora denominado de conforto público), onde serão instalados dois banheiros masculinos e dois femininos e o Dec, uma espécie de mirante. Gadelha garante que a estação e o plano inclinado ficam prontos agora em outubro. “O Dec começou a ser construído em setembro e levará alguns dias para terminar”, acrescentou.
Segunda fase
O secretário também anunciou que até o próximo mês de novembro será assinada a Ordem de Serviço para a segunda fase dos trabalhos. Essa etapa vai contemplar a reforma do galpão situado em frente à Vila Ferroviária, três locomotivas e a rotunda (girador de locomotivas). O projeto ainda prevê a construção do museu da EFMM, a compra de três carros de passageiros, construção de oficinas e restauração do pátio.
Ainda nessa segunda fase, será restaurada a igreja de Santo Antônio, na comunidade do mesmo nome, e no pátio da igreja será construída uma estação ferroviária. “Queremos retomar os passeios de trem até a comunidade de Santo Antônio, uma forma de incentivar o turismo na capital”, afirma José Gadelha. A previsão do investimento é de mais R$ 20 milhões.
Museu de território
José Gadelha afirma que o projeto da prefeitura é criar o Museu de Território Amazônia Madeira Mamoré, que vai englobar o complexo ferroviário da capital e toda estrutura a ser criada no entorno da igreja de Santo Antônio, além do sítio arqueológico daquela comunidade. “Nesse sítio arqueológico foi onde começou a cidade de Porto Velho. Ele vai contar a nossa história e como ocorreu a ocupação da Amazônia. Será o 1º museu de território da região Norte”, destacou.
Museu de Território, segundo Gadelha, é um conceito novo, criado para valorizar a história de forma mais abrangente, não é apenas um local cheio de objetos antigos.