Nem mesmo as insistentes declarações de segurança assinadas pela engenheira civil Mileny Santos e encaminhadas ao Corpo de Bombeiros e ao Sindicato dos Bancários de Rondônia foram suficientes para impedir que a agência do Banco do Brasil da Avenida Calama, em Porto Velho, fosse liberada para o atendimento ao público.
A unidade foi bloqueada pelo Sindicato dos Bancários ainda na manhã de terça-feira (21/9), quando diretores foram ao local e constataram que as obras de reforma oferecem riscos iminentes para funcionários, clientes e usuários, já que além do piso e as paredes estarem completamente destruídos, as luminárias e o teto do primeiro piso exibem sinais claros de fragilidade, o que pode causar um desabamento e uma tragédia anunciada.
Oficiais da Diretoria de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros foram ao local, no dia seguinte ao bloqueio do sindicato, e confirmaram as denúncias de que o teto do local estava cedendo e que oferece risco à segurança de quem ali transitar, além do fato de que os funcionários atuam num ambiente de obras sem a utilização de nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI), o que motivou o pedido de interdição do prédio e uma denúncia ao MPT, por meio da Procuradoria Regional do Trabalho 14ª Região.
Para o presidente do SEEB/RO, Cleiton dos Santos, a interdição da agência da Calama não é em si uma tentativa de obstruir os trabalhos do banco, tampouco causar transtornos à comunidade que precisa daqueles serviços.
No entanto, devemos deixar bem claro que estamos atuando não apenas com o objetivo de garantir a segurança e a integridade física dos trabalhadores bancários, mas também da população que utiliza aquela agência, sejam clientes ou usuários. É nosso papel zelar pela segurança de nossos trabalhadores, da população e, principalmente, combater qualquer irregularidade que ponha em risco vidas de pessoas de bem. Portanto, queremos que o banco respeite a determinação do Corpo de Bombeiros e de qualquer outra instituição ou autoridade sobre o assunto, disparou o presidente.
A agência continua interditada, até que as obras sejam concluídas em definitivo.