O programa eleitoral no rádio e na televisão se desenvolve, com os candidatos procurando, de todas as formas e métodos (muitos deles condenáveis), embair a consciência do eleitor desavisado com promessas mirabolantes. À evidência, os postulantes, principa
Foto: Divulgação
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O programa eleitoral no rádio e na televisão se desenvolve, com os candidatos procurando, de todas as formas e métodos (muitos deles condenáveis), embair a consciência do eleitor desavisado com promessas mirabolantes. À evidência, os postulantes, principalmente à sucessão estadual, que, até agora, não conseguiram melhorar de posição nas pesquisas eleitorais, vêm procurando lograr desempenho frutífero – ou melancólico – no uso dessa prerrogativa. Se, por um lado, o programa eleitoral vem provocando risos, pela aparição de figuras bisonhas; por outro, o espetáculo constitui uma oportunidade ímpar de que dispõe o eleitorado para analisar as propostas dos concorrentes. Uma coisa, porém, vem deixado o eleitorado atordoado, especialmente aquelas camadas de menor poder captativo de informação. Trata-se do grande número de partidos, o que, por sí só, denuncia o atraso da nossa cultura política, e, consequentemente, a heterodoxia de nossa legislação eleitoral.
Apesar das mudanças, ainda exibimos uma cambalhada de candidatos, na sua maioria, sem identidade ideológica, como se o processo eleitoral fosse entre nós um artigo de supermercado, ao alcande de qualquer um, o que depõe muito mal contra a nossa consciência cívica. No momento, entretanto, entre nós, a realidade mostra o antagonismo político em que vivemos. Ora é um candidato sabidamente comprometido com falcatruas, fazendo-se de vítima, dando uma de bom samaritano, vestindo o manto da pureza. Ora é um candidato ao senado, envolvido até a medula com desvio de dinheiro público, a apresentar-se à população como arauto da moralidade pública. Ora, ainda, é aquele candidato a deputado estadual petista atirando farpas na “elite dominante”, mas se esquece de que a sua campanha vem sendo bancada com dinheiro de empresários.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!