Principal apoiador das primeiras cooperativas de crédito criadas em Rondônia, à época em que foi governador, o senador Valdir Raupp participou de reunião com diretores do Sistema de Cooperativas de Crédito (Sicoob Central Norte) de Rondônia na última sexta-feira (18/06), quando recebeu reivindicações do setor que dependem de alteração na legislação que regulamenta o sistema.
O presidente do Sicoob, Edson Quevedo Soares, detalhou as bandeiras defendidas pelo sistema bancário cooperativo, dentre elas a simplificação do licenciamento ambiental de até quatro módulos rurais a fim de servir de garantia para empréstimos; autorização para que as cooperativas de crédito possam operar com as linhas de financiamento do FNO (Fundo Constitucional do Norte), como acontece no Mato Grosso com relação ao FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e estender às cooperativas a gestão dos recursos do Pronaf Mais Alimento, que oferece financiamentos até o valor de R$ 130 mil e que é hoje exclusividade do Banco do Brasil.
Os dirigentes argumentam que o banco não está presente em todos os municípios e que, além disso, o perfil da clientela se encaixa no perfil das operações efetuadas do Sistema Sicoob, vez que oferece juros de 2%, três anos de carência e 10 meses para começar a pagar.
O principal pedido, entretanto, foi no sentido de que as cooperativas de crédito possam operar com a União, Estado e principalmente com as prefeituras, por meio de convênios pelos quais possam receber impostos e taxas e ainda gerir a folha de pagamento dos servidores. Há alguns anos, isso era possível, entretanto, com a edição da Lei Complementar 130, que regulamentou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, sancionada em abril do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, este tipo de operação foi vedado.
O senador, que é membro da Frente Cooperativista no Congresso Nacional, se comprometeu em levar as reivindicações para discutir com os demais integrantes do colegiado. Ele observou, porém, que o ponto mais complicado deverá ser justamente a reivindicação principal, que trata das operações com as prefeituras, vez que as cooperativas precisam formar um fundo garantidor que previna uma eventual insolvência da cooperativa gestora, por envolver recursos públicos que não podem ser expostos a riscos.