Temporada de caça - Por Valdemir Caldas

Da Redação

20 de Abril de 2010 às 08:36

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Foto: Divulgação

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Começou a temporada de caça ao eleitor. Candidatos a governador, senador, deputados federal e estadual estão nas ruas, tentando convencer a população de que são portadores de fórmulas mágicas, capazes de transformar o Estado de Rondônia no mundo encantado da fantasia.

O ex-senador e candidato a governador pelo PSDB, Expedito Junior, esteve na noite de sexta-feira, no bairro Lagoinha, Zona Leste de Porto Velho. No domingo, pela manhã, foi a vez de o vereador e candidato a uma vaga de deputado estadual Zequinha Araújo inaugurar mais uma fundação, na rua Benedito Inocência da Silva, entre as ruas Mamoré e Clóvis Machado, também na Zona Leste.

No local, funcionava a fundação “Ronaldo Aragão”, mantida até o final de 2008 pelo então vereador e atual secretário municipal de esporte e lazer, Marinho Melo (suplente de Zequinha). A animação do evento ficou por conta da SEMES. Teve jogos, pula-pula, pipoca e o sorteio de uma bicicleta, dentre outras atividades.

É preciso lembrar que, durante a campanha eleitoral, muitos candidatos prometem este mundo e outro, uma vez que a caça de votos é o objetivo essencial. Eleitos, esquecem as promessas e passam a cuidar de interesses outros que em nada se coadunam com as legítimas aspirações sociais. Por isso, o eleitor precisa analisar as propostas dos postulantes, principalmente, a trajetória política de cada um deles, para não correr o risco de votar em lobo travestido em pele de cordeiro.

Precisamos estar vigilantes para não cairmos na lábia de candidatos furta-cores. O povo precisa escolher representantes que tenham os pés no chão, que conheçam a nossa realidade social, política, educacional e econômica, pessoas, enfim, com predicados de honestidade, seriedade, competência e espírito público.

No fundo, muitos estão na disputa não porque tenham propostas ou projetos que contribuam para reduzir a onda de criminalidade que assola o Estado, ou, então, fomentar a criação de novos empregos e melhorar a educação, capacitando os que prestam serviços a maquina e pagando-lhes salários decentes. Não. Move-os, apenas, o interesse puro e simples de chegar ao poder ou nele permanecer para usufruir de suas regalias.

O momento é de reflexão e convicção. O voto digitado na urna precisa ter raízes no interior de cada eleitor; deve ser algo contido no fundo da personalidade de cada cidadão, que acredita em melhores dias para o nosso Estado.

Ao votar, o eleitor precisa ter na consciência de que o interesse social precisa suplantar a qualquer outro. Caso contrário, tudo permanecerá como Dantes. E haja relho nos costados do povo.

Direito ao esquecimento

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