FALA INTERNAUTA - Enfermeira relata discriminação na contratação de mão de obra local na usina de Jirau

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FALA INTERNAUTA - Enfermeira relata discriminação na contratação de mão de obra local na usina de Jirau

Foto: Divulgação

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Usina Jirau contrata profissionais de Saúde para trabalhar na área de influência do empreendimento

Sábado, 27 de Março de 2010

A Usina Hidrelétrica Jirau e a Prefeitura de Porto Velho assinaram essa semana, o convênio que autoriza a contratação de mão de obra para atuar na área de Saúde na região de influência do empreendimento. A partir do mês de abril serão contratados 64 profissionais para o programa de combate à malária em todas as linhas e distritos de Jaci-Paraná até Extrema e ainda, três médicos e um enfermeiro que irão prestar atendimento no posto de Saúde de Jaci-Paraná.
 
O convênio faz parte das ações previstas no Protocolo de Intenções assinado com a Prefeitura de Porto Velho no valor de R$ 69 milhões, que prevê ações nas áreas da saúde, educação, turismo e social no município.
 
Para as atividades de combate à malária serão contratados - a partir de uma empresa terceirizada - 37 agentes de controle de endemias, 18 microscopistas, sete coordenadores, um piloto fluvial e um auxiliar de escritório. O trabalho consistirá de Educação em Saúde, como visitas domiciliares e palestras, além da realização de exames de malária e acompanhamento de casos. O objetivo é colaborar com a redução dos índices da doença na região de Porto Velho.
 
Para José Lucio de Arruda Gomes, diretor Institucional da Energia Sustentável do Brasil, a viabilização dos convênios reforça o compromisso da Usina com a responsabilidade social. “Estamos colocando em prática as ações previstas e com assinatura deste convênio, esperamos uma redução significativa dos índices de malária e a diminuição da procura pelas Unidades de Saúde”, avalia.  
 
Roberto Sobrinho, prefeito de Porto Velho, conta que além dessa melhoria no atendimento de saúde, outros benefícios estão por vir. “O aumento populacional de Jacy, que é a região mais afetada pelas obras das usinas, está levando a prefeitura a olhar com carinho para aquela comunidade. Atualmente várias obras estão em andamento no distrito e nos próximos dias, vamos anunciar mais benefícios para os moradores, com a assinatura de um protocolo de intenções para a aplicação de recursos de compensação ambiental da hidrelétrica Jirau”, revela Sobrinho.
 
Área de Influência
 
O município de Porto Velho está dividido em nove regiões para facilitar as ações de acompanhamento dos indicadores epidemiológicos e organização das operações de controle das doenças endêmicas. As ações previstas no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Jirau para o controle da malária são desenvolvidas na quarta, sexta e sétima regiões, referentes à Nova Califórnia, Extrema, Fortaleza do Abunã, Abunã, Garimpo São Lourenço, Mutum-Paraná, Palmeiral, União Bandeirantes e suas respectivas linhas, travessões e ramais.
 
 
O outro lado da historia
 
Sou profissional, enfermeira formada pela UNIR, tenho também o técnico em enfermagem pelo SENAC/RO, almejei entrar na conceituada empresa (Camargo Correa) pelas oportunidades que ela está oferecendo... No mês de Dezembro passei no SINE, falei com uma pessoa da Camargo que estava atendendo em uma sala daquele local, que de imediato encaminhou-me para o empreendimento, e que comigo levasse o meu currículo.
 
Fiz o que foi dito, fui entrevistada pela então “Drª. Vera”, que de imediato disse não ter a vaga, pois estaria em contato com uma pessoa de TUCURUÍ-PA, que conhecia o trabalho dessa pessoa e que não iria contratar e não tinha interesse na mão de obra de Rondônia, apenas para cargos escriturários. Esse fato não só aconteceu comigo como com outros colegas de profissão.
 
E por esse motivo nós profissionais da saúde de Porto Velho iremos denunciar o empreendimento e a coordenadora de saúde ocupacional Vera Regina da Construtora Camargo Correa de descriminação de mão de obra local. 
 
Porque todo setor de saúde é de fora e que não temos a chance nem para teste, que esse processo mesquinho acaba prejudicando o nosso trabalho, por fechar as portas do mercado de trabalho, já que eles precisam do serviço médico local, já que os técnicos de enfermagem e enfermeiros do trabalho da Camargo não conhecem a realidade do sistema publico de saúde do estado prolongando ainda mais as necessidades emergenciais dos colaboradores que são de outras regiões do país.
 
Nós profissionais da área de saúde iremos questionar o Conselho Regional de Enfermagem - RO de uma ação imediata já que os governantes do Estado fazem vista grossa para descriminação e imperialismo capital da construtora.
 
Sabemos que estão construindo um mini hospital dentro da obra, queremos o direito ao trabalho dentro do nosso estado, moramos aqui e merecemos respeito, faz parte do acordo da compensação contratar mão de obra local.

 

Esses cargos abertos nessa reportagem são para formar o quadro do setor de vigilância e saúde, ou seja, tratar de doenças tropicais, do tipo malária e outros casos, e não para o setor de saúde ocupacional do tipo acidentes graves e pronto atendimento emergencial.

*Moania Chaves - Enfermeira

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