Era janeiro de 1950 quando a dupla de músicos baianos Dodô e Osmar inventaram um carro de som, denominado de trio elétrico, transformaram o carnaval da Bahia. Este ano pela passagem dos 60 anos de sua criação, o governo da Bahia escolheu como tema do carnaval os 60 ANOS DO TRIO ELÉTRICO. A homenagem não se restringe apenas ao desfile dos trios e blocos. Estão programados debates, exposição e lançamento de livros sobre o tema.
O carro utilizado pela dupla foi um velho Ford 29, apelidado de Fobica, que era normalmente usado para transportar peças de metal. Foi transformado em palco móvel, equipado com um gerador de 2 quilowatts, decorado com motivos carnavalescos, tendo os alto-falantes montados na dianteira e traseira do “carro de som”, hoje conhecido por trio elétrico, em uma referência às eletrizantes guitarras executadas pela dupla baiana. O estilo principal eram as musicas de frevo de Recife.
Houve tanta evolução nos últimos anos que hoje são imensas carretas transformadas em palco, e carregam toneladas de equipamentos com rendimentos de até 200 db, alto-falantes em todos os quatro lados, suportando bandas de até 25 integrantes, mais os dançarinos e equipe técnica. Além disso, possuem banheiros e camarins.
Em Rondônia o precursor da música baiana e do trio elétrico é o empresário Carlinhos Camurça que iniciou esse projeto em meados dos anos 80. Depois dele o carnaval de Porto Velho se transformou, tendo hoje dezenas de blocos “puxados” por trios elétricos. Camurça também foi o primeiro a fazer o chamado carnaval fora de época, com enfoque maior para as musicas baianas e trios elétricos.
Essa sintética informação é um registro da história do carnaval brasileiro e, especialmente, de Porto Velho. VIVA OS TRIOS ELÉTRICOS!