Usinas do Madeira: Vereadores se chocam com poço artesiano que custa 40 mil reais e pretendem abrir CPI

Cláudio declarou ainda, que os vereadores têm que fiscalizar as contrapartidas das Usinas. “Temos que fazer agora as fiscalizações, depois que as empresas forem embora, não teríamos mais o que cobrar”, argumentou.

Da Redação

08 de Dezembro de 2009 às 14:59

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Usinas do Madeira: Vereadores se chocam com poço artesiano que custa 40 mil reais e pretendem abrir CPI

Foto: Divulgação

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O que seria uma apresentação de como estaria o andamento das compensações ambientais das Usinas do Rio Madeira, terminou em um caloroso debate. A convocação para que os representantes das Usinas de Santo Antônio e Energia Sustentável, e ao titular da Secretária Municipal Extraordinário de Programas Especiais (Semepe) Pedro Beber, partiu do vice-presidente, vereador Eduardo Rodrigues (PV), preocupado com a demora das contrapartidas das Hidrelétricas à Capital.

De acordo com o vice-presidente, Eduardo Rodrigues, a presença dos responsáveis dos empreendimentos seria para apresentar um balanço de como está sendo feito as contrapartida.

Durante os discursos, “a chapa esquentou” e as roupas foram lavadas entre vereadores e representantes dos consórcios que realizam a construção das Hidrelétricas.

O vereador Cláudio da Padaria usou a tribuna e declarou: “É uma vergonha uma contrapartida, através das Usinas, para limpezas de ruas na estrada de Santo Antônio. Esse serviço deveria ser feito pela prefeitura da Capital”.

Outro vereador que também se pronunciou foi Cláudio Carvalho, que não poupou as criticas ao secretário Pedro Beber e também aos responsáveis das Usinas. “Não estou nem um pouco contente com a resposta do secretário e nem dos representantes dos empreendimentos. Essas contrapartidas irritam, pois estão totalmente paradas”, disse o vereador, revoltado.

O líder da bancada do PT na Câmara, destacou a falta de respeito que as hidrelétricas têm, na opinião dele, com a população do município. O parlamentar citou a situação em que se encontra as agencias bancarias, com a superlotação durante os pagamentos dos funcionários das hidrelétricas.

Para o presidente do Poder Legislativo Municipal, o vereador José Hermínio Coelho, (PT), os dois empreendimentos deram um chapéu na população e nos vereadores. “Fomos enganados para deixamos de ser tolos. Temos que criar uma comissão, e se possível, até mesmo uma CPI para investigar onde estão sendo aplicadas as contrapartidas. Não queremos somente trocas de lâmpadas e nem limpeza em ruas, queremos muito mais.”, acrescentou Hermínio Coelho.

Em seu pronunciamento durante a reunião, a vereadora Elis Regina (PC do B) falou também em criar uma CPI para verificar onde estão sendo aplicadas as contrapartidas. Para a vereadora, é um absurdo um poço artesiano custar 40mil reais. “Estava realmente pensando em colocar um poço artesiano em minha residência, mas com esse valor altíssimo, não tem condições. A iluminação pública não tem que estar em contrapartidas, é de responsabilidade da Emdur e da prefeitura, a população de Porto Velho não agüenta mais. Temos que nos unirmos independente de ser oposição ou não”, argumenta a parlamentar.

Para o vice-presidente, vereador Eduardo Rodrigues, a maioria das obras de contrapartidas foram feitas sem licitação. “Isso e um risco. Muitas empresas usam de má fé com a verba direcionada. Vamos sentar e conversar com os dois empreendimentos, e também com o secretário Pedro Beber, para saber a melhor solução para a população de Porto Velho”, finalizou Eduardo Rodrigues.

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