O Hospital e Pronto Socorro João Paulo II já mostra diferenças positivas no atendimento ainda na primeira semana após o acordo feito entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) da Capital, com o referendo do Ministério Público, para o redirecionamento dos casos ambulatoriais às policlínicas do município.
O diretor da unidade hospitalar, o médico Rodrigo Bastos, que se reuniu com o secretário da Sesau, Milton Moreira, na manhã de sexta-feira, 27, reafirmou que estão sendo intensificadas as medidas para a reestruturação do JPII, como a capacitação dos técnicos e enfermeiros sobre o serviço de Classificação de Risco, de acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH).
Durante esta semana, as pessoas que procuraram o hospital foram recepcionadas por servidores do serviço de Classificação de Risco que cadastraram os pacientes e orientaram sobre o atendimento. No local, já pôde ser constatado que a área do Pronto Socorro onde se concentrava a maior demanda de pacientes, que muitas vezes aguardava o atendimento em pé ou no chão, já está mais desafogada e não havia nenhum paciente no chão.
No mesmo local, o diretor falou a uma equipe de uma emissora nacional de televisão que tratou sobre o crescimento desordenado de Porto Velho e do aumento da demanda dos casos de saúde na Capital. Rodrigo afirmou que, por exemplo, com a implantação das obras das usinas hidrelétricas, somente o número de acidentes de trânsito aumentou o atendimento em 30%.
“Temos que nos preparar para atender a demanda da cidade que vai receber mais de cem mil pessoas e que não tem um Pronto Socorro municipal. Neste sentido, está sendo necessário um esforço coletivo para reestruturar a unidade e poder proporcionar melhor atendimento à população”, disse, explicando os novos serviços que estão sendo implantados, como a tomografia computadorizada e a reforma de alas para melhor adequar o atendimento.
O médico explicou ainda que o acordo feito com o município de Porto Velho foi no sentido de compartilhar leitos para que possa ser feito o atendimento aos pacientes mais graves. A medida, além da Capital, também está sendo estendida às demais cidades do Estado, de forma que sejam encaminhados ao João Paulo somente os casos mais graves e de acordo com a competência do hospital.
Durante a reunião com os técnicos, o médico reafirmou a necessidade de reorganização do espaço do João Paulo, explicando que todos devem auxiliar para orientar a população. Ele tratou ainda sobre as cirurgias ortopédicas que durante o próximo ano estarão sendo feitas em unidades particulares conveniadas pelo Estado, bem como o encaminhamento dos pacientes psiquiátricos para o Hospital de Base.