Governo do Estado trabalha para evitar que tartarugas e tracajás sejam extintos
Foto: Divulgação
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O primeiro passo das equipes é localizar os pontos de postura. “As pegadas na areia e a areia mexida são sinais de que ali é um possível local de desova”, disse Maria de Fátima Gomes e Souza Soares, médica veterinária da Seagri. Ela também informou que os locais onde os ovos são depositados, variam de espécie para espécie. “As tartarugas, por exemplo, que perfuram um buraco de até 70 cm, preferem a areia mais grossa. Por causa da temperatura alta (a areia grossa retém menos água o que favorece um ambiente mais quente) os ovos eclodem mais rápido que os dos tracajás, aproximadamente 60 dias”, comentou a veterinária. Já os tracajás que perfuram um buraco de 20 a 30 cm para depositar seus ovos, preferem a areia mais fina, ou até mesmo barrancos e áreas com vegetação. “Fatores que predispõem a uma umidade maior e propiciam uma eclosão mais demorada: a incubação leva em média 70 dias”, enfatizou Maria de Fátima. Ela disse ainda que o número de filhotes dos quelônios também difere muito. Cada tartaruga põe entre 100 e 110 ovos, enquanto os tracajás desovam uma média de 18.
Após localizar as covas, as equipes identificam a espécie (tartaruga ou tracajá) e a data da desova. Em seguida, o local é demarcado com piquetes de madeira. A partir daí o trabalho é de espera pela eclosão dos filhotes. Enquanto isso, o trabalho de fiscalização de ações referentes ao PQA continua até dezembro, período que corresponde ao prazo final de nascimento dos quelônios. “O projeto já conseguiu aumentar de forma considerável a população de quelônios na região, além de repovoar áreas onde as tartarugas já não existiam. Por isto, a importância de cumprir todas estas etapas que visam preservar as tartarugas e tracajás da Amazônia”, completou a veterinária da Seagri.
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