Recaiu sobre o deputado federal Eduardo Valverde (PT) a culpa pela alteração da proposta original da emenda constitucional de autoria da senadora petista Fátima Cleide que trata da transposição dos servidores do Estado para os quadros da União. Na proposta original, que foi do Senado para a Câmara, a senadora Fátima Cleide estendia os benefícios da PEC aos servidores contratados até 1991 – e não havia nenhuma controvérsia sobre a proposta.
Na Câmara, Valverde mexeu no texto original, para evitar o que ele próprio denominou de trem da alegria, e criou uma enorme confusão, podendo ter excluído do benefício da transposição algo em torno de 20 mil servidores.
SINDICATOS AJUDARAM A ATRAPALHAR
Mas Eduardo Valverde não agiu sozinho. Durante a tramitação da PEC na Câmara, ele se cercou de dirigentes sindicais, principalmente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil e do Sindicato do Judiciário, por isso o parlamentar diz que fez tudo conforme os sindicatos pediram.
Enquanto isso, no Senado, o senador Valdir Raupp (PMDB) tenta descascar o abacaxi oriundo da Câmara. Raupp informou nesta quarta-feira que apresentará seu relatório na próxima terça-feira (20), com previsão para votação na quarta (21).
Nesta quinta-feira (15), o senador se reunirá com as lideranças sindicais na sede do Sindicato do Judiciário, a partir das 17 horas, para tratar da polêmica criada em torno da possível exclusão dos servidores contratados depois de 1987.
Raupp disse que não vai apresentar nenhuma emenda ao texto que foi devolvido pela Câmara para que a PEC não tenha que voltar àquela Casa Legislativa para nova votação.
“Não vou iludir o servidor. Essa questão de que serão ou não beneficiados os servidores entre 1987 a 1991 de fato será um grande problema. Entre 1981 a 1987 já está pacificado que todos serão beneficiados, agora entre 1987 a 1991 com certeza haverá demanda jurídica, haverá questionamento e precisamos trabalhar essa questão politicamente junto com a União”, afirmou o senador em entrevista ao site rondoniagora.