FORA RACISMO - Porto Velho conta com o Conselho Municipal do Negro

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Foto: Divulgação

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Um secretário municipal da prefeitura de Porto Velho foi condenado por racismo no inicio desta semana. Jair Ramires, fiel escudeiro do prefeito é o acusado. Acontece que o suposto racista continua no cargo. Num contra-ponto interessante, a PMPV criou o Conegro – Conselho Municipal do Negro. Confira texto de autoria do próprio município.

Uma cerimônia emocionante marcou no último dia 21/7 a assinatura do decreto de criação do Conselho Municipal do Negro – Conegro - de Porto Velho. Antigas lideranças fizeram relatos sobre o início da luta pela cidadania do negro na Capital, há cerca de 30 anos, no início da década de 1980. Os militantes da época fizeram discursos acalorados: Bubu Johnson, Carlinhos Maracanã, Orlando Pereira Ana Maria Ramos, professor Chiquinho, Valdilson Pinheiro e outras pessoas que puxaram a discussão na Capital em uma época em que a discriminação e o preconceito corriam solto e não havia ainda políticas públicas para defender o segmento. “Porto Velho está fazendo história e outros municípios de Rondônia – como Ariquemes, Cacoal e Vilhena – já estão levando a nossa experiência para a criação dos próprios conselhos”, informou a professora e militante Jamile Brasil.

O Conegro foi criado por meio do decreto 11.368/2009. Na ocasião da assinatura, foram apresentados os conselheiros e seus suplentes, representando de forma paritária o governo municipal e os movimentos de defesa da cidadania negra que atuam da Capital. Eles estão encarregados de fazer o processo para eleger a primeira diretoria da entidade.
 
Representando o prefeito Roberto Sobrinho na cerimônia, a chefe de gabinete Miriam Saldaña colocou a prefeitura à disposição do Conegro e transmitiu a mensagem do prefeito, “de apoiar a nova entidade para que cumpra o papel para o qual foi criado”. Segundo Míriam:
 
O prefeito Roberto Sobrinho, na condição de militante social do Partido dos Trabalhadores, é conhecedor da causa negra, sabe como esta luta é importante e está empenhando em apoiar este e outros segmentos, como o das mulheres e dos jovens”. Para Sobrinho, “além de criar o Conegro, a prefeitura também dará a este fórum as condições necessárias para atuar”, lembrou a chefe de gabinete. 
 
A coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Mara Regina Araújo, também uma militante do movimento negro, lembrou que a Prefeitura de Porto Velho é o único signatário de Rondônia do Fipir (Fórum Intergovernamental de Promoção de Igualdade Racial) pelo qual se compromete em defender esta questão.
 
O discurso dos militantes que se manifestaram durante o evento, sob a batuta irreverente do poeta Mado, ressaltou a necessidade de fazer do Conegro um conselho de ação. “Precisamos assumir o controle social, com a efetiva participação da sociedade para melhorar a condição de vida dos negros.
 
"Chega de ir ao supermercado e ter alguém olhando por trás para ver se a gente não está roubando”, desabafou Ana Maria Ramos. A militante chegou em Porto Velho na década de 1980 e desde então atua como agente popular de saúde e fundou na Capital o Grupo Raiz de Mulheres Negras.
 
Bubu Johnson, um dos fundadores do Movimento de Criação Cultural Cabeça de Negro, criado na década de 1980, lembrou da contribuição dos negros para o desenvolvimento de Rondônia:
 
Os negros quilombolas do Vale do Guaporé, os negros nordestinos que foram transferidos para Rondônia para a exploração do látex, e os negros barbadianos, provenientes das Ilhas do Caribe e que formaram o maior contingente de trabalhadores na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré”, citou ele.
 
Por sua vez, Valdilson Pinheiro relatou a história da própria família, uma das fundadoras do bairro Santa Bárbara, marcado pela presença de terreiros de candomblé e pelo samba, nos primeiros anos do município de Porto Velho.
 
O evento de criação do Conegro foi encerrada com uma apresentação de hip-hop, afoxé e reggae com jovens e crianças da Associação de Mulheres dos Bairros Mariana e São Francisco (Copebama), que mostraram a evolução do movimento negro, que se desloca para as periferias e resgata a auto-estima do negro por meio da cultura e das artes.
 
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