OPERAÇÃO ABATE - Procurador do MPF-RO afirma que denúncia contra JBS Friboi deu partida as investigações

OPERAÇÃO ABATE - Procurador do MPF-RO afirma que denúncia contra JBS Friboi deu partida as investigações

OPERAÇÃO ABATE - Procurador do MPF-RO  afirma que denúncia contra JBS Friboi deu partida as investigações

Foto: Divulgação

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Uma denúncia de que a JBS Friboi estaria adicionando água à carne que comercializa para aumentar o seu peso foi o ponto de partida das investigações que culminaram na Operação Abate, deflagrada hoje pela Polícia Federal e que culminou na prisão de 22 pessoas, entre executivos e funcionários públicos. A informação foi dada ao Valor Online pelo procurador Reginaldo Trindade, do Ministério Público Federal em Rondônia.

Segundo ele, a partir da denúncia, feita há cerca de um ano, MPF e Polícia Federal passaram a vasculhar as atividades das empresas dos setores frigorífico e de laticínios, além dos curtumes, com operações na região. As investigações apontaram para o suposto funcionamento de uma quadrilha dentro da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia (SFA), que teve os dois superintendentes (titular e substituto) presos, juntamente com alguns fiscais.
 
Os nomes dos 22 presos ainda não foram divulgados oficialmente, mas o MPF adiantou que estão detidos funcionários do Ministério da Integração Nacional, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Banco da Amazônia, além dos superintendentes e fiscais da SFA. Também foram presos dois executivos do Grupo Bihl (Redenção), que está em recuperação judicial.
 
De acordo com o procurador, a quadrilha montada dentro da SFA praticava uma série de irregularidades, como concessão de laudos frios e liberação para o funcionamento de unidades de produção. Tudo mediante propina, que era paga de forma " sistemática e regular " diretamente para os superintendentes do órgão e " por fora " para os fiscais que atuam dentro das unidades de produção.
 
" Muitos fiscais sequer apareciam nas unidades. Ficavam em casa e de lá liberavam as guias ou as assinavam em branco e deixavam com os empresários " , afirmou Trindade.
 
Ele não soube precisar o número total de empresas e crimes, mas citou o nome de outro frigorífico conhecido, o Margen, que também passa por recuperação judicial. Segundo o procurador, a empresa não preenchia os requisitos exigidos para exportação de seus produtos, mas obteve laudo favorável para exportar a partir do pagamento de valores a fiscais.
 
No caso do Grupo Bihl, a empresa é acusada de ter obtido ilegalmente autorização para funcionamento do curtume Nossa Senhora Aparecida, em Rondônia.
 
Procurada, a JBS Friboi informou em nota que não iria se manifestar, alegando desconhecimento do teor do inquérito policial que originou a investigação. Margen e Grupo Bihl não responderam aos pedidos de entrevista até a publicação desta matéria.
 
Ao final do pregão desta quarta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo, a ação ordinária da JBS fechou cotada a R$ 6,86, com queda de 2,97%.
 
O procurador corrigiu ainda informação enviada anteriormente pelo MPF, a respeito do número de estados onde foram executados os mandados de prisão e de busca. Segundo ele, a operação foi deflagrada em nove estados, e não em oito, além do Distrito Federal.

Os estados envolvidos foram: Rondônia, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

FRIBOI DIVULGA NOTA

O frigorífico JBS Friboi divulgou nota no início da noite na qual afirma que não há qualquer tipo de irregularidade em suas unidades localizadas no Estado de Rondônia ou em qualquer outro Estado. O JBS Friboi é uma das empresas investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Abate, deflagrada hoje e que resultou na prisão de 22 pessoas, entre servidores públicos e empresários. Segundo o procurador da República Reginaldo Trindade, do MPF em Rondônia, a empresa adicionava água à carne produzida na unidade de Porto Velho para aumentar artificialmente o peso do produto, com a conivência de fiscais da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) em Rondônia.

Segundo a nota, a "companhia ainda não tem conhecimento do teor do inquérito policial que originou a investigação para detalhar mais sobre o assunto e reforça que contribuiu e continuará a contribuir com as investigações". Conforme a nota, o JBS Friboi recebeu visita da Polícia Federal de Rondônia na manhã de hoje na unidade de Porto Velho, em Rondônia. Segundo a empresa, a visita cumpria o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal do Estado de Rondônia derivado de investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, através do Inquérito Civil Público, onde são investigados funcionários públicos da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia.

"A JBS recebeu a Polícia Federal e contribuiu para a investigação, que apreendeu documentos relacionados a Inspeção Federal bem como relatórios de auditorias, licenças de operações da Unidade, entre outros. Vale ressaltar que nenhum dispositivo de armazenamento de dados eletrônico, computador ou qualquer tipo de equipamento da JBS foi apreendido, pois não foi encontrada nenhuma prova de evidência de crime", informou a companhia, na nota.

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