CPI do Leite ouve representantes dos laticínios Tradição e Italac e da Tetra Pak
Foto: Divulgação
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Os deputados Jesualdo Pires (PSB), presidente; Ribamar Araújo (PT) vice-presidente; Valter Araújo (PTB), relator e Luiz Cláudio (PTN) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI ) que averigua a cadeia produtiva leiteira em Rondônia ouviram hoje pela manhã, no Plenário da Assembléia Legislativa, gerentes dos laticínios Tradição, Renilson Brandão, e Italac, Lenormand Eugênio da Silva e, também o representante em Rondônia da Tetra Pak, Nilton M.dos Santos.
Depois de uma breve explicação sobre a utilização das máquinas para a embalagem do leite UHT e do leite tipo “C”, os representantes dos laticínios declararam que a comercialização do produto é feito diretamente aos seus compradores - supermercados e panificadoras – ao preço de R$ 1,40 – o da marca Italac – e, de R$ 1,38 a R$ 1,44 (dependendo da quantidade de aquisição) da marca Tradição. Os dois gerentes disseram também que a demanda do leite em Rondônia é muito menor do que a produção atual. A produção do leite representa pouco mais do que 7% da produção total. A empresa Tradição processa 50 mil litros de leite por dia e a Italac 25 mil litros/dia.
Para os deputados é um custo muito alto, especialmente porque os produtores leiteiros são seguidamente penalizados e ganham apenas R$0,32/litro. Os parlamentares pediram sugestões para a oferta de comercialização do produto aos consumidores de baixa renda e às escolas da rede pública de ensino para atender à merenda escolar dos alunos. O representante da Italac disse que tem projeto pronto para esta finalidade, envolvendo parceria entre governo estadual e prefeituras municipais e que irá encaminhá-lo à comissão.
Embalagem
O representante da Tetra Pak fez o resumo histórico da empresa sueca que está estabelecida no Brasil desde 1957. Em Rondônia as primeiras máquinas de embalagem para o leite UTH chegaram em 1997 com a marca Tradição em Ji-Paraná e com a Italac em 2004. Nilton Santos defendeu a utilização da embalagem tipo “longa vida” do leite UHT que sai em torno de R$ 0,33 aos laticínios pela segurança alimentar e pela praticidade de armazenamento e transporte que ela oferece. Segundo ele, a logística de comercialização – que tem na refrigeração seu ponto mais crítico pela conservação e durabilidade - tanto para laticínios e comerciantes, quanto para os consumidores finais é muito melhor.
O produto embalado (leite, sucos ou molhos de tomate) e as realidades climáticas influenciam à embalagens diferenciadas e, conseqüentemente os custos de produção das mesmas. As máquinas importadas são cedidas em regime de aluguel aos laticínios que utilizam material nacional na confecção final. A preferência pelo aluguel em torno de R$ 30mil/mês aos laticínios é devido à rápida atualização tecnológica das máquinas. Atualmente, o equipamento mais moderno tem a capacidade de 3 milhões de unidades/mês. O custo final de uma embalagem também será encaminhado posteriormente à CPI.
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