Com a ida de o vereador Mário Sérgio Teixeira (PMN) para a EMDUR (Empresa de Desenvolvimento Urbano), o 1º suplente, Chico Caçula, deve assumir o cargo de parlamentar municipal na Câmara de Porto Velho, porém pesa sobre Caçula a acusação de pedofilia e estupro.
Consta do processo que tramita na Justiça que Chico Caçula e a sua assessora, Wanderléia Rodrigues Guedes, são acusados do estupro de uma adolescente de 13 anos - que é sobrinha de Wanderléia, que além de estupro presumido é acusada de provocar aborto na garota.
No início de dezembro de 2008, o juiz substituto da 2ª Vara do Júri, Rogério de Lima, interrogou as testemunhas de acusação, juntamente com a adolescente e após ouvir os réus e suas testemunhas a Justiça ainda decidirá se Caçula e Wanderléia irão para julgamento.
RELACIONAMENTO E AMEAÇAS
Segundo as testemunhas de acusação, o relacionamento da menor com o Chico Caçula teve início em meados de 2007 sem conhecimento da família. Ela teria sido induzida pela sua tia, WanderIéia, que é irmã da mãe da vítima. Em janeiro de 2008 a adolescente engravidou, dando início a uma série de trocas de acusações entre os membros da família, que acabou se dividindo.
Ainda segundo as testemunhas ouvidas pela Justiça, quando a gravidez foi descoberta, já com dois meses de gestação, Wanderléia teria começado a chantagear a mãe da menina para que providenciasse o aborto, chegando a oferecer, em nome do então ex-vereador, dinheiro, emprego e uma casa, caso aceitasse a proposta. Além disso, segundo relato de testemunhas a mãe teria sido ameaçada diversas vezes, tendo sua casa sido alvejada por tiros.
ARRANJO E LAUDO MÉDICO
As testemunhas afirmaram ainda que Wanderléia chegou a arranjar um viciado para assumir a paternidade da criança, a pedido de Chico Caçula. Como não obteve resultado com a pressão, a tia teria aproveitado um momento em que a adolescente estava só em casa para ministrar medicamento abortivo, logo após agredir a vítima.
A mãe só soube do fato no outro dia, quando a filha começou a sangrar. Com o laudo médico em mãos a mãe, junto com a outra tia da adolescente, Vânia Rodrigues, começou a peregrinação por justiça.
"Eu esperava que o Chico assumisse a criança", disse Vânia, autora da denúncia e que também teria recebido proposta em dinheiro para desistir do caso.