Golbbels, Jair e o Procurador – Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Atribui-se ao ministro do povo e da propaganda do regime nazista, Paul Joseph Goebbels, a frase segundo a qual “uma mentira muitas vezes repetida, tornar-se verdade”.
 
Considerando os recentes acontecimentos, envolvendo o Secretário Municipal de Serviços Básicos (SEMUSB), Jair Ramires, e o Procurador-Geral do Município de Porto Velho, Mário Jonas, a frase do líder político alemão encaixa-se como uma luva.
 
Senão vejamos: quando explodiram os escândalos da compra de grama esmeralda, a peso de ouro, e da limpeza dos cemitérios, ambos patrocinados pela SEMUSB, Jair tratou de desmenti-los, peremptoriamente.
 
No caso da grama, sabedor de que seria convocado pela Câmara Municipal, Jair se dispôs a colaborar. Livrou-se do vexame de ser sabatinado, em plenário, para ser ouvido na condição de convidado.
 
Enquanto Jair falava, o chefe da assessoria técnica da SEMURB, Carlos Alberto Soccol, distribuía cópias do processo da aquisição da grama aos vereadores. Para quem não sabe, Soccol foi coordenador financeiro do Ipam, na administração de Hellen Ruth.
 
Entre lágrimas e emoção, Jair contou sua versão. Primeiro, tratou de desqualificar a denúncia de superfaturamento. Depois, sem motivo aparente, voltou-se contra o governador Ivo Cassol e deputados estaduais. No final, ficou o dito pelo não dito.
 
Dias depois, chegou-se a falar na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso, mas a idéia não prosperou. A turma do deixa-como-está-para-ver-como-vai-ficar entrou em ação para salvar o escalpo de Jair. E conseguiu.
 
A estratégia principal de meter na cabeça de desavisados a idéia de que tudo não passava de armação para desestabilizar a administração Sobrinho, deu certo. Aparentemente, Jair saiu do episódio incólume, sem nenhum arranhão.
 
Novamente, Jair voltou à ribalta. Acusado de autorizar o descarregamento de um caminhão de fezes no lixão municipal, foi condenado a pagar uma multa e a perda da função pública. Dezenas de famílias moram nas proximidades do lixão, de onde retiram sua subsistência.
 
Semana passada, Jair convidou a imprensa para tentar esclarecer o imbróglio das fezes. O encontro aconteceu na SEMUSB. Mais uma vez, jurou inocência e jogou a culpa no motorista do caminhão, acusando-o de usar seu nome indevidamente.
 
Na manhã de quinta-feira, a vereadora Ellis Regina, do PC do B, procurou a 1ª Delegacia de Polícia para registrar queixa contra o procurador-geral do Município, Mário Jonas, a quem o acusa de tê-la agredido, nas imediações do prédio onde funciona a Procuradoria Geral.
 
Depois que o assunto chegou às primeiras páginas de alguns jornais, a prefeitura divulgou uma nota oficial. Não para pedir desculpas a vítima, mas para negar a “suposta agressão” do procurador. Nesse caso, não vai ficar o dito pelo não dito. Ellis prometeu levar o problema até as últimas conseqüências, doa em quem doer, alcance quem alcançar.
 
Quem conhece Mário Jonas garante que ele é capaz disso e muito mais. Que o diga o ex-presidente do Conselho Municipal do Ipam, Raimundo Nonato.
 
Segundo uma ex-conselheira do instituto, normalmente, antes de começar uma reunião do Conselho, Jonas fustigava Nonato, tentando desestabilizá-lo, emocionalmente, “só para ver o circo pegar fogo”. Mas Nonato sempre conseguiu manter o equilíbrio.
 
Jair e Jonas são pessoas de confiança do prefeito Roberto Sobrinho, que, por sua vez, não disse uma palavra sobre esses e outros fatos que marcaram sua administração, exceto por meio de notinhas oficiais, vazias de conteúdo, que só convencem os desavisados.
 
Aos que o cercam, Jonas costuma jactar-se, dentre outras eventuais qualidades, de ser um homem de convicções fortes e temente a Deus. Aconselho-o, pois, fazer uma reflexão sobre o que diz João, Capítulo 8, Versículo 32. Quanto a Jair*.
 
 
 
 
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