São Lucas vai apresentar painel sobre a Malária na Amazônia em Congresso de Audiologia

Da Redação

27 de Março de 2009 às 15:53

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São Lucas vai apresentar painel sobre a Malária na Amazônia em Congresso de Audiologia

Foto: Divulgação

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Painel sobre a Malária na Amazônia e suas Repercussões Audiológicas é tema de trabalho produzido pelos professores Isabel Cristiane Kuniyoshi, Virgínia Braz da Silva, Marília Silva Nunes Botelho e José Roberto Lima da Costa, da Faculdade São Lucas, que será apresentado no Encontro Internacional de Audiologia, organizado pela Academia Brasileira de Audiologia e que será realizado no período de 18 a 21 de abril, em Bauru (SP).

A malária humana é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Plasmódium, caracterizada por um quadro infeccioso agudo ou crônico, febre, anemia, esplenomegalia e, em alguns casos, por disfunção de um ou múltiplos órgãos que podem conduzir ao óbito. A transmissão ocorre através da picada das fêmeas dos mosquitos do gênero Anopheles, por via placentária, por transfusão de sangue ou por uso compartilhado de material contaminado com o sangue dos infectados.

Segundo dados da Funasa (2005), no Brasil, 95% dos casos registrados ocorreram na Amazônia Legal que envolve os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. Sendo que Amazonas, Pará e Rondônia aparecem com destaque por representar 76% dos casos registrados. O tratamento antimalárico pode ocasionar perda auditiva neurosensorial bilateral simétrica mais acentuada nas freqüências de 4000, 6000 e 8000Hz. Além deste efeito, podem estar presentes alterações do equilíbrio e manifestações de sintomas associados como vertigem, vômitos e zumbidos.

Estudos realizados na região norte descrevem os achados audiológicos e vestibulares em pacientes pós-tratamento com antimaláricos, bem como a ação destes no desenvolvimento fetal cujas mães contraíram malária durante a gestação. A partir da coletânea dos trabalhos de pesquisa realizados na região norte nos últimos dez anos revela-se o panorama da malária e as conseqüências iatrogênicas de seu tratamento a fim de nortear as prescrições medicamentosas e apontar a necessidade de monitoramento auditivo e vestibular durante a após o tratamento com antimaláricos.

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