É sabido, e jamais contestado, que a prevenção e o combate a certas conduta delituosas só terão êxito se endereçadas às origens dos fatos.
Não se alcançará resultado algum, no combate à criminalidade, se os arautos da violência permanecerem imunes à ação da polícia e da justiça.
De igual modo, o combate ao uso de entorpecentes será inócuo, se os traficantes continuarem a gozar de conceito que gozam os cidadãos decentes, os trabalhadores, que, a cada dia, veem os recursos oriundos dos impostos que pagam serem canalizados para os bolsos de catitas e ratazanas gulosas.
Em alguns casos, porém, o dinheiro é aplicado em obras faraônicas e projetos eleitoreiros, que em nada servem para amenizar o clima de insegurança e de terror que atormenta a população.
Apesar dos esforços das autoridades policiais, reconheça-se, atingimos aos mais altos índices de aferição de criminalidade. O estado vive, hoje, uma epidemia de violência, completamente fora de controle.
Tudo isso, é claro, em decorrência de um cipoal de problemas, desde há muito conhecidos da sociedade e, principalmente, das autoridades judiciais, policiais e dos dirigentes públicos.
Melancolicamente, se vem percebendo certo desestímulo capaz de arrefecer os ânimos com que os responsáveis pelo enfretamento à violência, em nosso estado, gostariam de desempenhar suas funções.
Ninguém desconhece quanto tem avançado o banditismo na capital portovelhense, tantos são os relatos de acontecimentos repugnantes e tantas têm sido as suas vítimas.
As páginas policiais dos jornais locais (impressos e eletrônicos) e os programas de televisão voltados para essa finalidade são o retrato fiel da realidade deplorável na qual vivemos.
Não basta, apenas, exigirmos severidade na aplicação da legislação penal. Embora isso seja fundamental, como elemento intimidador da bandidagem, não é o suficiente para colocar um cobro no lamentável estado de coisas existentes.
Alguma coisa está faltando para que a missão policial elimine (ou, pelo menos, reduza, significativamente) a marginalidade que impera na cidade de Porto Velho.
O combate ao banditismo há que se dar em todas as frentes, desde a repressão aos pequenos e inofensivos delitos até aos chamados crimes de colarinho branco.
É preciso desestimular, no nascedouro, a ação potencialmente criminosa, que, sem um sério inibidor, vem adquirindo proporções incontroláveis. Com a palavra, as autoridades competentes.