Órgãos ambientais fazem reunião com moradores para levantar propostas sobre a Flona do Bom Futuro
Foto: Divulgação
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Amanhã, quarta-feira (03), órgãos ambientais, políticos de várias esferas e representantes da Vila Rio Pardo e do povoado Marco Azul discutirão propostas para uma solução ao conflito sócio-ambiental da Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro. A reunião está marcada para começar às 10h, no prédio do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Porto Velho. "Já existe uma proposta do governo federal, que é baseada no cumprimento de uma decisão da Justiça. Amanhã, vamos ouvir os moradores da Flona do Bom Futuro e representantes de associações, entidades públicas e civis para dialogar e levantar mais propostas", disse o analista ambiental Paulo Volnei, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável por aquela unidade de conservação.
Os organizadores aguardam a presença de representantes dos pequenos agricultores da Flona do Bom Futuro e também de fazendeiros, além das prefeituras de Porto Velho e Buritis, políticos de várias esferas, Comissão Pastoral da Terra (CPT), sindicato dos produtores rurais, Ibama, Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam) e Sipam.
Segundo Volnei, a intenção do ICMBio é dar ampla transparência a todas as ações que serão
realizadas na Flona do Bom Futuro. Uma operação envolvendo diversos órgãos públicos está prevista para começar em final de janeiro e tem como objetivo o cumprimento de um acordo entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Governo do Estado de Rondônia. O acordo prevê a realização de cinco metas: reduzir a zero o índice de desmatamento em toda área da Flona do Bom Futuro; impedir o furto de madeira; notificar os proprietários de gado a retirarem suas rezes, no prazo de 180 dias; identificar os ocupantes da área; e realocar os ocupantes que possuem o perfil de beneficiários da Reforma Agrária. A operação conjunta dos órgãos públicos na Flona Bom Futuro tem prazo de duração previsto em seis meses.
Segundo o Sipam, de julho de 2007 e julho de 2008 foram desmatados mais 9,3 mil hectares naquela unidade de conservação. A Flona do Bom Futuro possui uma área total de 271,8 mil hectares, dos quais 28% já foram desmatados. Para o ICMBio, o controle dos 4 acessos principais e dos 8 acessos secundários para a Flona do Bom Futuro é ponto fundamental para impedir o desmatamento que vem ocorrendo naquela Floresta Nacional. Para isto, a operação colocará barreiras, inicialmente, e guaritas permanentes de controle de acesso, no segundo momento da operação. Após a resolução das questões atualmente presentes naquela unidade de conservação, o ICMBio pretende elaborar planos de manejo, criar os conselhos consultivo e gestor da área, realizar educação ambiental e pesquisas científicas, além de implantar os planos de recuperação das áreas degradadas.
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