Especialistas dizem que web brasileira em 2009 não terá retrocessos

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Foto: Divulgação

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Lan Houses, acesso móvel e redes sociais impulsionam a internet em 2009, prevê Marcelo Coutinho.
Nos últimos anos, a Internet brasileira viveu um extraordinário crescimento em termos de número de usuários, intensidade e variedade de uso. Dificilmente teremos algum retrocesso em 2009, exceto se a crise financeira alcançar dimensões realmente catastróficas. Mais provável é um cenário de crescimento moderado em relação ao verificado no passado recente, mas com algumas mudanças em termos de modelos de negócios e comportamento dos usuários.

Comecemos pelo número internautas. É sempre um problema chegar a uma conta exata, pois diferentes fontes utilizam diferentes critérios para definir quem é um “usuário”. As fontes mais conhecidas seguem os critérios adotados internacionalmente, pelos quais um usuário é alguém que utilizou a rede pelo menos uma vez nos três meses anteriores a pesquisa, variando a população em termos da idade considerada.

Neste caso, a maior parte dos institutos mostra progressos notáveis. O IBOPE aponta atualmente cerca de 42 milhões de usuários com mais de 16 anos, contra 22 milhões no final de 2003. Entre os internautas domiciliares o crescimento foi ainda mais expressivo, passando de 8,7 milhões para os 24,4 milhões em setembro deste ano. O Comitê Gestor, embora trabalhando com um período de tempo menor (2005 a 2007, sendo que a pesquisa de 2008 ainda não foi divulgada), aponta para um crescimento de quase 50% no número de usuários no período (de 24% para 34% da população total, o que daria, no final de 2007, cerca de 60 milhões de pessoas de todas as faixas etárias).

Já o IBGE destaca que o número de domicílios conectados mais do que dobrou: eram 5,6 milhões em 2003, contra 11,3 milhões em 2007. O interessante é que o número de domicílios conectados com rendimento superior a 20 salários mínimos ficou praticamente estável, mas entre os domicílios com renda de até 10 salários mínimos a taxa de crescimento foi de 218% (de 2,1 milhões em 2003 para 6,8 milhões em 2007). Quando multiplicamos isso por outro dado do IBOPE, o do tempo de navegação domiciliar, que nos últimos meses está ao redor de 24 horas mensais (contra pouco mais de 12 horas no final de 2003), podemos ter uma real dimensão do crescimento da importância da web nos domicílios brasileiros: não só praticamente dobrou o acesso, como também dobrou o tempo de navegação.

Essa tendência não será imutável, é claro. De acordo com o IBGE, o Brasil apresentava em 2007 48,5 milhões de domicílios com renda de até 10 salários mínimos, ou seja, apenas 14% deste total possuíam um computador com acesso. Mesmo considerando somente os domicílios com renda entre 3 e 10 salários mínimos (18,9 milhões), pouco mais de um terço possui acesso. Boa parte dos equipamentos que abasteceram os domicílios de menor poder aquisitivo vieram de uma combinação de dólar baixo, crédito abundante, crescimento da renda e do emprego, situação que não deve se repetir em 2009.

Mas mesmo um eventual retrocesso neste segmento (difícil imaginar os consumidores devolvendo seus computadores para as lojas, mas vamos lá...) seria compensado por duas outras fontes de crescimento: o acesso de centros públicos (pagos ou gratuitos) e as plataformas móveis.

No primeiro caso, dados amostrais e evidências empíricas mostram uma explosão no uso das Lan Houses, notadamente na periferia das grandes capitais, tema inclusive de um debate no último Digital Age 2.0.
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