Startups de web 2.0 iniciam demissões em massa, apesar de discurso otimista de que crise não os afeta.
Quem acompanhou os gurus da web 2.0 em palestras no encontro Web 2.0 Summit pode perceber o tom otimista de nomões como Tim O´Reilly e Mark Zuckerberg explicando que a crise global não limitará a inovação e investimentos em novos projetos.
Só nos últimos dez dias, no entanto, grandes projetos online anunciaram cortes.
A equipe online da revista americana Wired demitiu 3 de seus 28 funcionários, um corte de mais de 10%. O serviço CurrentMedia, criado por AlGore, fez demissões de 20% de seus quadros. Também o LinkedIn fez cortes em seu time, que ficou 10% menor.
Para muitos analistas, os cortes são ajustes que essas empresas fazem se antecipando à queda no faturamento publicitário e no menor número de investidores com disposição de arriscar seu capital em projetos de web 2.0.
Outros cortes, no entanto, são vistos como normais, pois o mercado de web 2.0 é muito volátil, com projetos que nascem e morrem todas as semanas. Este talvez seja o caso do BitTorrent, criador do padrão de troca de arquivos. A empresa cortou pela metade este semestre seu número de colaboradores.
Grandes empresas tradicionais, como a fabricante de chips AMD, Nokia ou mesmo o lucrativo Yahoo! comunicaram cortes acentuados em suas equipes. O Yahoo! pretende demitir até 10% de seus quadros no mundo até o final deste ano.