De acordo com Governador Ivo Cassol, o montante de R$ 30 milhões em recurso de compensação da empresa Odebrecht, referentes à licença ambiental do Ministério do Meio Ambiente, que antes seriam alocados na área de saneamento básico passaram agora a saúde, para a conclusão do Hospital Regional de Cacoal.
Para ele, essa é a melhor solução encontrada pelo Governo do Estado para que a saúde pública de Porto Velho não entre em colapso com a demanda das usinas. “Com o hospital de Cacoal concluído, muitos dos pacientes do interior deixaram de descolar-se para os hospitais da capital, aumentando o número de leitos vagos. Além disso, construir um novo hospital em Porto Velho levaria mais de dois anos e os recursos seriam insuficientes, já conclusão do hospital de Cacoal será concluída em doze meses”, garantiu.
Segundo Cassol, as obras de saneamento básico não ficarão comprometidas, já que o Ministério da Fazenda liberou ao Governo do Estado realizar um empréstimo de R$ 111 milhões junto a Caixa Econômica, como contrapartida dos recursos do PAC. “O Governo do Estado ia apenas retirar o empréstimo de R$ 81 milhões, já que os R$ 30 milhões estavam garantidos para as obras, a com a transferência desses recursos para a saúde, vamos pegar o empréstimo integral”, explicou.
A transferência dos recursos do saneamento básico para a área da saúde já foi autorizada pelo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, na última visita do governador a Brasília. O Tribunal de Contas da União na ocasião também foi consultado e não encontrou irregularidade na operação.
O governador informou ainda que irá ser feita uma nova reforma no Hospital de Base, com um aumento de 100 leitos, sendo 60 de unidade de terapia intensiva (UTI) e 40 de enfermaria. A falta de um hospital municipal em Porto Velho também foi questionada pelo governador na entrevista, que cobrou a responsabilidade do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho. “Não é admissível que a capital de Rondônia seja a única do país sem um hospital municipal. É preciso que o hospital seja urgentemente construído pela prefeitura”, reclamou.
O aparato legal e burocrático da transferência dos recursos está sendo realizado pelo sub-chefe da Casa Civil, Nilton Capixaba, por determinação do governador Ivo Cassol.