Porto Velho – O conselheiro afastado do Tribunal de Contas Edílson de Souza Silva, retorna nos próximos dias a Corte como Conselheiro. O conselheiro está afastado desde que foi preso pela Polícia Federal ano passado, durante a chamada Operação Dominó.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Edílson de Souza Silva era o braço de uma organização criminosa que agia nos poderes constituídos em Rondônia dentro do Tribunal de Contas do Estado. Sua tarefa era assegurar que os bens amealhados ilicitamente pelo grupo não sofressem qualquer tipo de embaraço. “Tamanho era o envolvimento de Edílson com o esquema que, segundo ele, ao assumir o cargo de conselheiro, argüiu suspeição em relação a todos os processos em que tinham interesses do governador, de seus parentes, de todos os parlamentares, seus parentes e da Assembléia Legislativa também. Diante desse quadro, não se sabe o que lhe restava fazer naquela Corte de Contas”, escreveu na denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a procuradora Déborah Duprat.
Em 17 de agosto de 2007, o Conselho Superior de Administração do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) deliberou em reunião extraordinária pelo afastamento cautelar do Conselheiro Edílson de Sousa Silva, das suas funções de Conselheiro na Corte de Contas.
No dia 19 de outubro de 2008 a Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF) indeferiu um pedido trancamento da ação penal a favor de Edílson. Em seu voto, a Ministra Eliana Calmon declarou que “Edílson funcionaria como suporte e assessoramento direto ao ex-deputado estadual José Carlos de Oliveira, o Carlão, considerado chefe da suposta quadrilha que teria causado um “fantástico desfalque patrimonial” no estado de Rondônia”.