A direção do Sindicato dos Servidores do Judiciário(Sinjur) está convocando os trabalhadores para participarem da sessão da Assembléia Legislativa nesta terça-feira(25) para pressionarem os parlamentares a votarem o projeto de lei que concede reposição salarial de 3.42% a categoria. O presidente do Sinjur, Israel Borges, afirmou que a direção da entidade sindical já esgotou todos os argumentos que deveria usar para convencer os deputados sobre a necessidade de se aprovar a reposição.
“ Infelizmente, os parlamentares, em sua maioria, continua insensível aos nossos apelos”, destacou o presidente, que publicou manifesto semana passada em todos os sites e jornais impresso da capital mostrando o descontentamento dos servidores. “ Os nossos filiados estão exigindo uma posição mais enérgica por parte da direção do sindicato e é justamente o que vamos fazer a partir de agora”, alertou o presidente.
O projeto se encontra na Assembléia desde o dia 27 de junho. O reajuste foi aprovado pela administração do Tribunal de Justiça, e a proposta enviada à Casa de Leis, após os servidores realizarem diversas paralisações e uma greve de três dias. “ Depois da luta que tivemos junto ao Judiciário, agora o projeto emperra na Assembléia, apesar da reposição está garantida no orçamento do TJ”, destacou Israel, acrescentando que não tem justificativa para essa atitude.
Em reunião com a direção do Sinjur há mais de 15 dias, o presidente da Assembléia, Neodi Oliveira, disse que está aguardando informações do Tribunal de Justiça mostrando que as despesas com pessoal está dentro do limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Neodi explicou aos membros do sindicato que tal medida visa assegurar à Assembléia de uma eventual Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) por parte do Executivo. Ainda segundo o presidente, a precaução se deve aos últimos acontecimentos envolvendo os servidores.Para o presidente do Sinjur, Israel Borges, a demora em aprovar o projeto não passa de briga política entre os Poderes e quem está saindo prejudicado são os 2.500 servidores do Judiciário