ARTIGO - COMPOSIÇÃO ESPÚRIA: Por Valdemir Caldas

Da Redação

25 de Agosto de 2008 às 08:30

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ARTIGO - COMPOSIÇÃO ESPÚRIA: Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O desespero e a má-fé, quando se juntam, frequentemente resultam em prejuízos não somente para os que os praticam, mas, principalmente (o que é ainda pior), para terceiros. Até mesmo toda uma coletividade poderá ser prejudicada, diante de tão espúria composição. Situação emblemática desses dois males, que, juntos, vêm impedindo o necessário caminhar do município de Porto Velho, rumo ao desenvolvimento, pode ser observada no desenrolar da comédia pastelão, encenada por dois parlamentares, contra a construção de um shopping center. Essa mistura venenosa foi receitada, recentemente, por um deputado estadual, com base eleitoral na capital, e acolhida, sem maiores óbices, pela maioria de seus pares, em forma de projeto de lei, que impedia a edificação de obras nas proximidades de nascentes. O monstrengo legislativo, preparado sob encomenda e empurrado goela abaixo de parlamentares (os quais, na maioria das vezes, não lêem o que estão votando, e, quando o fazem, normalmente não entendem absolutamente nada), acabou sendo aprovado pela Assembléia Legislativa. Mas o arremedo de projeto não passou pelo crivo do governador Ivo Cassol, que, aconselhado pela sua experiente assessoria jurídica, preferiu optar pelo progresso de Porto Velho e o bem-estar do seu povo, a submeter-se à narcose do ambientalismo coxo, mascarado com tintas de demagogia. Na Câmara, porém, um anti-shopping declarado, tentou, na semana passada, emplacar embuste semelhante, com a criação de uma Comissão Permanente de Fiscalização de Obras e Meio Ambiente, para brecar a construção do Porto Velho Shopping, mas a peta foi devidamente podada no nascedouro pela competente assessoria do vereador José Wildes (PT), que tratou de jogá-la no escombro das inutilidades, uma vez que já existe a Comissão de Desenvolvimento e Obras Públicas, com atribuições análogas. No ano que vem, teremos eleições para prefeito e vereadores. O povo precisa está preparado para combater os falsos profetas, os paladinos da moralidade pública, os amealhadores de ganhos fáceis e arautos do ambientalismo chinfrim. Vamos extirpar dos quadros políticos essa mentalidade anacrônica, carcomida pela podridão de acordos espúrios, que em nada sintetizam as legítimas aspirações da coletividade. Erram, pois, os que insistem em navegar na canoa furada do clientelismo político, amarrados a radicalizações obsessivas e interesses imediatistas, aos quais rendem vassalagem, quando, na verdade, deveriam examinar a realidade municipal no elevado plano das legítimas aspirações sociais. A população precisa sair às ruas para protestar contra os que se utilizam do mandato outorgado pelo povo, para prática de negociatas espúrias e a conquista de privilégios inconfessáveis, verdadeiros cancros purulentos. Vamos dizer não aos que se antepõem ao desenvolvimento do nosso município.

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