ARTIGO - As incríveis bestas humanas – Por Marcos Souza

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Foto: Divulgação

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Notável perceber que esse é um estado onde a vaidade de poucos provoca a derrocada de valores. Ontem (13) uma bomba, com efeito de track, sacudiu as redações de Rondônia, a anunciada "morte" do ex-prefeito de Vilhena, Melki Donadon, morte essa ocorrida de maneira exemplar para uma figura política notória como ele, ou seja, de ataque cardíaco em um hospital de Brasília, lugar certo para se morrer na glória em que se foi criado. Aí vem a celeuma na imprensa, pois as informações são desencontradas, as explicações para o mal súbito ainda estão nubladas e tudo leva a crer que pode ser verdade – ou não. Os sites piraram, grande parte deles e não todos como foi anunciado pelo senhor Domingues Júnior, do SGC/Rede TV-RO, em seu programa noturno. Piraram geral mesmo, tinha site anunciando até missa de sétimo dia e outros promulgando ponto facultativo para receber o corpo do filho mais querido de Vilhena. A família, entenda-se: os irmãos notáveis da política rondoniense, Marcos Donadon (deputado estadual), Natan Donadon (deputado federal) e até o sobrinho Marlon Donadon (atual prefeito de Vilhena, que a justiça considera apenas um “boneco de ventrílogo” nas mãos de Melki) parecem mais perdidos que cego em tiroteio, apresentam informações contraditórias e isso quando são achados pelo repórter para prestar mais esclarecimentos. O homem não morreu e tudo não passou de um "boato". Reza-se aqui nessa redação a cartilha do jornalista – não vou discorrer o lugar comum de escrever o “bom jornalista” ou do “ótimo profissional da área de comunicação”, pois uma vez formado o profissional tem que ser antes de tudo ético e fidedigno com suas informações, checando fontes e apurando o fato, coisa legal e que foi seguido por esse site que trabalho, o Rondoniaovivo.com. Logo que chegou a primeira informação da “morte de Melki Donadon”, a equipe redacional correu atrás de apurar o fato no seu cerne, ou seja, junto com família, enquanto isso manteve a sobriedade de colocar notas baseadas no que foi apurado em outros sites, mesmo assim com a postura de manter em suspense se o dito fato da morte era uma evidência inconteste ou boato, nunca afirmando ou deixando seguir na onda do que grande parte da imprensa eletrônica publicou em tempo real. Não é de meu feitio puxar sardinha para a concorrência, mas por vezes temos que ser jus, e vale ressaltar a postura do TudoRondônia – o Rubens Coutinho cantou a bola do golpe publicitário - e do RondoniaAgora - que foi logo no gabinete de Natan - se mantiveram bem dentro da apuração. Não querendo ser o ombusdman de ninguém, mas é incrível a hipocrisia de algumas redações televisivas e impressas que fecham os olhos para os jornais eletrônicos e por vezes cospem no prato que comem – isso denota que muitas vezes os sites de notícias pautam os órgãos que se consideram acima de outros e não há equívoco da minha parte em relação à isso, pois essa postura soberba é facilmente vista em coletivas e encontros de colegas de profissão, onde os tete-à-têtes se afinam em rodas seletas e um dos pontos de discussão crítica é a “invasão” de sites que proliferam no mercado local. O critério de quem acessa é do próprio internauta e ele tem o poder e a liberdade para selecionar o que ele vai ler e quem ele vai acreditar, se existe zilhões de sites de notícias ou jornais eletrônicos de postular uma briga no mercado em busca de mídia estatal sem a preocupação de fazer jornalismo – com todas as suas regras básicas necessárias – infelizmente é um problema de mercado, mas, para glória de muitos, existem aqueles que checam fontes e buscam dar qualidade na sua informação sendo verossímil com o fato. Quando muito se comenta das “barrigadas” (jargão jornalístico para equívocos da imprensa, difundida principalmente em manchetes) de parte da imprensa eletrônica – como mais recentemente com a famigerada “morte de Melki Donadon” -, é fácil para um jornalista de TV largar o sarrafo nos jornais eletrônicos e se manter notório como defensor do segmento que trabalha, mas existe o paradoxo latente quando esse mesmo profissional em rodas de colegas de profissão, fora das telas widescreen, elogia e até mesmo ressalta a importância dos jornais eletrônicos. Não sei o que é pior, a hipocrisia dos que se dizem jornalistas e se acham porta-vozes de um ou outro segmento ou dos que se deixam levar pela onda, sem ao menos respeitar a inteligência do leitor/internauta e fornecer a informação correta. Não sou porta voz de ninguém e tenho uma postura profissional quanto a todos os segmentos da comunicação, pois da mesma forma que acesso praticamente todos sites de notícias do Estado, leio os jornais impressos e assisto os telejornais e gosto de muitos e tenho ressalvas em relação a outros, e respeito todos os profissionais que atuam em suas áreas distintas, não generalizo e sei muito bem separar o joio do trigo, em vista da seriedade da informação e o respeito ao público que a busca. Em vista disso, como boa parte dos internautas/leitores me indignei, achei uma palhaçada o que houve ontem em relação a “morte do Melki Donadon” e não postulo a ‘barrigada” à todos os jornais eletrônicos, pois alguns foram cautelosos e redatores ainda tinham na lembrança a “morte” inesperada do prefeito de Candeias do Jamari, Chico Pernambuco, em frente a uma agência bancária da capital – fato esse, claro, que não houve, mas foi difundido durante longos minutos como certo. Por fim, dessa situação fica-se a esperança de que quando se anunciar a morte de algum político da peja de popularidade como a de Melki Donadon, seja de verdade. De verdade mesmo.
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