Na noite de quinta-feira, o açougueiro Jarbas Soares de Lima (39) foi levado à Delegacia de Crimes contra a Mulher e conduzido ao presídio.
Acusado de degolar a boliviana Suzana, de uns 30 anos, seu corpo foi abandonado na cama da casa em que o assassino morava, Rua 10 de julho, 29, bairro da Placas.
Sem documentação, o corpo permanecia na tarde de ontem no IML à espera de parentes ou de amigos para identificá-lo.
Em depoimento prestado à delegada Mardhia, Jarbas disse ter uma caminhonete para transportar animais e que, há pouco mais de 20 dias, conheceu Suzana. Ela o contratou para fazer um frente até Brasiléia, fronteira com a Bolívia.
Na volta, Jarbas trouxe no carro 30 quilos de pasta de cocaína. Mas a droga desapareceu. Desde então, ele passou a ser procurado pela traficante. Por telefone, ela afirmava que, se toda a droga não fosse devolvida, sua família seria assassinada.
Na manhã de quinta-feira, ele conseguiu atrair Suzana para a sua casa, alegando que devolveria a droga. Aproveitando-se de um descuido da mulher, ele a degolou com uma faca. Em seguida, enrolou o corpo no lençol e deixou-o sobre a cama.
No início da noite, policiais militares chegaram ao corpo e iniciaram as buscas para localizar o infrator. Jarbas Soares foi preso no bairro Alto Alegre quando dirigia uma moto Falcon, comprada com o dinheiro da droga.
Em seu depoimento, ele assumiu o crime. “Matei Suzana para defender a família”, justificou. Ele pediu proteção policial dentro do presídio, pois, segundo ele, Suzana pertence ao PCC e ao cartel de Pando.