Postos de saúde e policlínicas de Porto Velho sem condições de funcionamento podem ser interditados pelo Cremero

Da Redação

10 de Julho de 2008 às 11:32

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Postos de saúde e policlínicas de Porto Velho sem condições de funcionamento podem ser interditados pelo Cremero

Foto: Divulgação

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Ao persistirem as péssimas condições de funcionamento das policlínicas e postos de saúde de Porto Velho, com prejuízos tanto para a população quanto para os profissionais da saúde, ao Conselho Regional de Medicina (Cremero) não restará outra alternativa a não ser determinar aos médicos a suspensão do atendimento e a interdição ética das unidades (paralisação dos trabalhos médicos sem ônus para o profissional), a informação é da diretoria do Cremero, que continua mantendo contatos com o Ministério Público tentando buscar uma solução para o problema, já que depois de todas as fiscalizações realizadas durante o ano passado e este ano foram encaminhados relatórios aos gestores da saúde e mesmo assim nada foi feito. Nos relatórios encaminhados ao prefeito, ao secretário municipal de Saúde, Secretaria estadual de Saúde e a Câmara de Vereadores, os conselheiros do Cremero apontam as deficiências e propõem soluções para se implementar reais melhorias no setor de saúde do município. A presidente do Conselho, médica Inês Motta de Morais, acentua que em função das péssimas condições de funcionamento das unidades de saúde do município de Porto Velho vem ocorrendo agressão aos profissionais médicos. “Ora, desesperada por um atendimento com o mínimo de dignidade, a população já não agüenta mais tanto descaso e quem está pagando por isso são os trabalhadores, que, no entendimento da comunidade, são os responsáveis pelo caos”, observa. A médica lembra que como órgão responsável pela fiscalização da conduta ética dos profissionais da medicina e como instituição de defesa da sociedade, o Conselho Regional de Medicina já vem alertando as autoridades sobre a precariedade do sistema de saúde. “A cada fiscalização que nossos conselheiros realizam, e olha que foram várias desde o ano passado, o Conselho emite relatórios aos gestores da Saúde e ao Ministério Público apontando as dificuldades e cobrando melhorias, mão não estamos vendo nada de concreto acontecer”, afirma Inês Motta. A interdição ética das unidades de saúde, explica a diretoria do Cremero consiste e solicitar aos médicos a suspensão do trabalho sem que o município possa lhe aplicar qualquer penalidade. “É um respaldo legal que o CRM está dando a população que necessita do serviço público de saúde”, reforça a presidente do Cremero. Um conselheiro do Cremero cita como exemplo de desmando na saúde municipal o deslocamento do atendimento da policlínica Hamilton Gondim, do bairro Tancredo Neves para uma residência no residencial Samaúma. “O local é uma casa residencial totalmente improvisada para servir de posto de saúde, mas que não tem a menor condição de funcionamento”, explicou, afirmando que isso para ficar apenas em um exemplo. Da reunião realizada na quarta-feira com o diretor do Centro de Apoio Operacional Cível do Ministério Público, procurador de Justiça Gilberto Barbosa, ficou acertada uma ação conjunta antes de propor a interdição ética de algumas unidades de saúde.

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