Mais uma família é mantida em cárcere privado dentro de casa durante assalto. O crime ocorreu em plena luz do dia, por volta das 13h30 de ontem, na rua Dalício Amorim, no bairro Jardim Floresta, área até então considerada tranqüila pelos moradores. Segundo o funcionário público M.C.F. 43, ele estava tomando banho quando ouviu gritos de sua filha de 7 anos. Ao abrir a porta para ver o que estava acontecendo, deu de cara com o assaltante segurando a menina e com um revólver apontado para ele.
Outras duas crianças de 8 e 11 anos também estavam na casa e foram mantidas reféns juntas com o servidor e a empregada. Demonstrando nervosismo, o bandido dizia que queria dinheiro e jóias. “Eu respondi que não tinha dinheiro em casa e minha carteira estava dentro do carro”, disse. Uma vizinha de aproximadamente 70 anos foi até sua casa para ver o que estava acontecendo, após ter ouvido os gritos, e foi rendida pelo bandido que a agrediu com um soco no pescoço, ocasião em que deixou a arma cair, porém juntou rapidamente.
M.C.F. disse que ainda pensou em reagir e avançar contra o bandido no momento que a arma caiu, mas ao mesmo tempo se retraiu e imaginou que poderia ter outros elementos do lado de fora, o que foi confirmado depois.
O assaltante levou todos para dentro de um dos quartos da casa, pegou um aparelho de DVD portátil, algumas jóias, entre elas um cordão que estava no pescoço do servidor, mais os telefones celulares dele e da empregada e a chave da S-10 e deixou todos trancados. O servidor pôde ver outros dois bandidos que aguardavam o comparsa do lado de fora. Eles entraram em seu carro e fugiram.
O funcionário público pediu socorro aos vizinhos, que conseguiram abrir a porta. O sargento Paulo e o soldado Patrick, da Polícia Militar, chegaram ao local na viatura 343 e realizaram diligência. Duas quadras depois da casa da vítima encontraram a S-10 abandonada na esquina das ruas Nelson Cortez com Princesa Isabel, na frente de um bar.
Os policiais chegaram a deter três suspeitos que estavam próximos, mas logo foram soltos porque a vítima não os reconheceu. O servidor disse que o assaltante era baixo, usava cavanhaque e vestia uma camisa amarela da seleção brasileira.
Nos últimos meses vários casos parecidos foram registrados na Polícia Civil. Em dois deles, no mês passado, as vítimas eram empresárias e também foram rendidas em suas residências nos bairros Mecejana e São Francisco.