O Estado de Rondônia já havia recebido os dados do relatório do Sipam em abril deste ano. Os dados apontaram a redução de 47% no número de focos de calor em 2007, em comparação com 2006.os satélites captaram 53 mil focos de calor. Em 2007 o número foi de aproximadamente 28 mil.
Em números absolutos, os cinco municípios que mais tiveram focos de calor em 2007 foram: Porto Velho (5.352 focos), São Francisco do Guaporé (2.255), Costa Marques (2.122), Nova Mamoré (1.857) e Machadinho do Oeste (1.432) Já em termos proporcionais,considerando a relaçãoentre o tamanho do município e a quantidade de focos de calor, os campeões foram: São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Buritis, Cujubim e Alto Paraíso.
Nesta relação proporcional, Porto Velho cai para a 12ª posição no ranking de municípios com mais queimadas. Já São Francisco do Guaporé registrou proporcionalmente um índice muito elevado, tendo quase dez vezes mais focos de calor que o segundo colocado, Costa Marques.
O relatório aponta que 19% das áreas com queimadas estão em projetos de assentamento. Destes, os cinco assentamentos que mais tiveram focos de calor são: Conceição (em Costa Marques), Pau D'arco (Porto Velho), Renascer (em Cujubim), Gogó da Onça (São Francisco do Guaporé) e Igarapé Azul (Nova Mamoré).
Já as unidades de conservação federais e estaduais representaram 12% dos focos de calor registrados em 2007. A Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro, nos municípios de Porto Velho e Buritis, teve 1.208 focos de calor. A Reserva Extrativista (Resex) Rio Jaci-Paraná, localizada na divisa dos municípios de Porto Velho, Buritis e Nova Mamoré, teve 1.018 focos de calor. Estas unidades de conservação são fiscalizadas pelo Ibama e Sedam, respectivamente.
As terras indígenas tiveram 2% dos focos de calor registrados no ano passado. As que mais tiveram queimadas foram: Massako (150 focos de calor), Uru Eu Wau Wau (133) e Karipuna (106). A soma das duas primeiras representou 58% dos focos de calor registrados em terras indígenas.
O relatório de focos de calor também fez um cruzamento entre as áreas afetadas pelo fogo e o Zoneamento Sócio Econômico e Ecológico (ZEE). O resultado constatou que 68% dos focos de calor aconteceram em áreas de uso agrícola e 18% em áreas de conservação e de manejo florestal.
Pela análise dos dados das queimadas, há uma relação direta entre fogo e estradas. Segundo o relatório, quanto mais próxima da malha viária, maior a incidência de focos de calor. As queimadas com distância de até dois quilômetros das estradas contabilizaram 19.972 focos de calor, o que representa 67% do total analisado. Entre dois e cinco quilômetros de distância das estradas, foram 6.116 focos registrados, perfazendo 20,6%. De cinco a dez, 2.149 focos de calor. Já de dez a vinte quilômetros, foram registrados 832 focos e acima de 20 quilômetros de distância dassa estradas, 587 focos.