O presidente do Tribunal de Justiça, Péricles Moreira, informou, através de sua assessoria, que não pode dar nenhuma posição sobre a pauta de reivindicações dos servidores, pois a decisão final depende do governador Ivo Cassol.
Os servidores já anunciaram oficialmente que entrarão em greve nesta segunda-feira (4), integrando o movimento dos demais servidores públicos que também param nesta segunda.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário, Israel Borges, reafirmou que a categoria esperou por um posicionamento positivo da administração até esta sexta-feira(01).
" À administração teve seis meses para analisar a nossa pauta, não podemos agora ficar a mercê de uma decisão do governador", afirmou a diretora Financeira do Sinjur, Sônia Oliveira.
Péricles Moreira, segundo informou sua assessoria, esteve reunido com os chefes do Executivo, do Legislativo e do Ministério Público para uma decisão conjunta sobre as reivindicações dos servidores.
Na ocasião, o governador Ivo Cassol teria ficado com a missão de negociar com os sindicalistas.
O governador, de fato, se reuniu com os sindicalistas, mas não fechou acordo, dizendo que só aceitaria conversar sobre reajuste se o Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintero) abrisse mão da Emenda Constitucional, aprovada ano passado, que concede reajuste salarial de 10% aos servidores da educação anualmente, além do percentual que o governo venha a conceder aos demais servidores públicos.
Cassol afirmou na reunião que não tinha de onde retirar dinheiro para conceder 20% de reajuste a educação e mais 10% aos demais servidores.
Para Israel Borges, este é um problema que o governador terá que resolver com o Sintero. "Os outros servidores não podem pagar por uma situação específica da educação", declarou, acrescentando que o Tribunal tem orçamento próprio, portanto, não depende do governador para reajustar salários.