Amazonas - Greve de médicos-peritos do INSS deixa média de 500 pessoas sem atendimento em Manaus
O delegado no Amazonas da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência (ANMPP), Evandro Miola, informou que 36, dos 38 médicos-peritos que trabalham nas sete agências do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em Manaus, aderiram a uma paralisação para reivindicar mais segurança no trabalho.
Os peritos suspenderam as atividades ontem pela manhã, e permanecerão parados até hoje à tarde. Segundo Miola, cerca de 500 pessoas deixaram de ser atendidas devido a paralisação.
A ANMPP convocou a paralisação em todo o País, após o assassinato de um perito, na última terça-feira, 22, em Minas Gerais. O perito José Rodrigues foi baleado na cabeça por um segurado.
Medidas de segurança
“Nós entendemos o problema, mas a categoria está sufocada. Quando uma outra perita foi morta, em 2006, foi acordado que o governo federal tomaria medidas de segurança, como instalar detectores de metais nas agências e reestruturar as unidades. Mas, até agora, nada foi feito”, disse Miola.
Evandro Miola afirmou que não foi cogitado prolongar a paralisação. “A princípio, as atividades voltam ao normal na próxima semana. Essa manifestação visa pedir mais condições de segurança, não se trata de reivindicações salariais”, disse.
O INSS informou que o presidente do órgão, Marco Antônio de Oliveira, e o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, anunciaram, na última quarta-feira, mudanças na estrutura das agências do INSS, para garantir a segurança dos peritos e demais funcionários.