Moradores do canal do Tanques se revoltam com prefeitura em função de lacre de manilhas

Da Redação

26 de Maio de 2008 às 13:26

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Moradores do canal do Tanques se revoltam com prefeitura em função de lacre de manilhas

Foto: Divulgação

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Moradores do bairro Embratel que habitam as margens do canal dos Tanques, entre o perímetro que comporta a rua Quintino Bocaiúva até a avenida Governador Jorge Teixeira, estão indignados com relação a manilha que a Prefeitura de Porto Velho tapou com concreto há um mês atrás, impossibilitando o escoamento de todos os resíduos líquidos das residências que estão situadas nas ruas Buenos Aires, Quintino Bocaiúva e João Pedro da Rocha. “Alguém tem que fazer alguma coisa para solucionar este problema, já enviamos um ofício para Secretaria de Obras com o objetivo de ter uma resposta positiva e o nobre secretário adjunto, Euclides Brasil, nos garantiu que iria retirar o concreto da manilha”, disse Alaíde Borges de Araujo, a proprietária de uma empresa de polpas que funciona na Quintino Bocaiúva. Segundo os proprietários da empresa, o secretário adjunto, Euclides Brasil, enfatizou que somente solucionaria o caso da empresa e que os demais continuariam sem escoamento para o canal dos Tanques. Moradora há mais de 30 anos, Sâmia Maria Pereirra Sobrinho disse que a fedentina naquela área está insuportável e os moradores não agüentam mais. “ Não entendo porque somente esta manilha foi tapada por concreto, pois as demais que funcionam na rua Pinheiro Machado estão normalmente escoando e caindo no canal”, alertou Sâmia. Os moradores do canal dos Tanques disseram à reportagem que vão fazer uma manifestação com barricadas com o intuito de buscar melhorias com relação ao saneamento básico naquele setor, pois não entendem a discriminação que foi imposta pela prefeitura. “Porque somente alguns têm privilégios no decorrer do canal e outros não. O direito não é igual a todos?”, questionou a moradora. SEMOB O secretário-Adjunto da SEMOB (Secretaria Municipal de Obras) Euclides Brasil, disse por telefone, em contato com a reportagem do Rondoniaovivo.com, que a prefeitura de Porto Velho está cumprindo essas diretrizes com base na sentença que o MPE (Ministério Público Estadual) aplicou na prefeitura, isto é, impedir lançamento de lixo doméstico no canal dos tanques naquele perímetro. Porém ele não soube explicar porque somente um trecho foi fechado e os outros permanecem funcionando normalmente. Ao ser perguntado sobre um projeto hidráulico para aquela área, ligado ao esgoto, o secretário-adjunto da SEMOB ressaltou que o órgão responsável por esse projeto é a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – CAERD e enfatizou: “Inclusive a prefeitura já tem direcionado mais de 60 milhões de reais para CAERD, recurso financeiro que veio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas o dinheiro está parado e vai voltar para Brasília porque o Governo do Estado não cumpriu com a Lei de Responsabilidade fiscal”, disse Euclides Brasil. CAERD A reportagem entrou em contato com CAERD desde a semana passada para obter informações sobre projetos ligados a esgotos e o sistema hidráulico, porém, entre os inúmeros telefonemas tentados, a secretária da presidente da Companhia, Rosinete Gomes Sena, informou que a mesma estava em reunião e não poderia atender.

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