Com sucesso do leilão da Jirau, novo ministro do MMA cobra agilidade nas licenças ambientais
Edison Lobão cobrou do ministro do Meio Ambiente agilidade nas licenças ambientais. Ex-ministra Marina Silva atribuiu sua saída a um processo de “estagnação”.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, aproveitou o sucesso do leilão da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, para fazer novas cobranças para o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e críticas à ex-ministra Marina Silva. Ele quer agilidade nos licenciamentos ambientais.
Lobão afirmou que Marina se deixou vencer pela burocracia do ministério. Questionado sobre as razões para a demora nas licenças, ele respondeu: “É a burocracia demoníaca que ainda governa muitos setores do Brasil.”
O ministro de Minas e Energia espera mudanças na área ambiental. Ele lembrou que Minc teve destaque justamente pela velocidade de distribuições de licenças no Rio de Janeiro, onde era secretário estadual de Ambiente. “Espero que o novo ministro conceda licenças mais rapidamente, a exemplo do que fazem os países mais desenvolvidos do mundo.”
"Estagnação" - A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atribuiu, na quinta-feira (15), sua saída da pasta a um processo que conduziu a uma "estagnação", e afirmou que o novo ministro, Carlos Minc (PT-RJ), pode dar "contribuição significativa" à política ambiental brasileira.
Questionada sobre se sua saída ocorreu em razão da indicação do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Roberto Mangabeira Unger, para coordenar o Plano Amazônia Sustentável (PAS), a ex-ministra respondeu que não saiu em função de uma pessoa especificamente.
"Não posso dizer que meu gesto é em função do doutor Mangabeira porque o ministro José Dirceu já coordenou esse processo, a ministra Dilma, o ministro Ciro Gomes coordenava. Não é uma questão de pessoa", disse.