Leitora está indignada com anulação do XVIII concurso para provimento do cargo de Juiz de Direito pelo CNJ
"Prezados, Ao saber da anulação do XVIII concurso para provimento do cargo de Juiz de Direito no Estado de Rondônia a indignação tomou conta de mim. Eu enquanto jovem operadora do Direito, professora de Direito Civil, mestranda em Direito me vi descrente de tudo que defendi e venho defendendo até hoje. Tudo isto pois, o CNJ achou por bem, anular referido certame pela “possibilidade de favorecimento” de 2 (dois) dos 20 (vinte) aprovados, que seriam assessores de desembargadores de dito tribunal. Anulou-se o concurso, então, porque presume-se ter havido favorecimento. Assim, dita presunção por parte dos ilustres membros de referido Conselho foi suficiente, por si só, para acabar com os sonhos dos aprovados. Veja-se o peso que a mera presunção passa a ter neste País a partir de então! Afinal, em momento algum fez-se prova de que houve ou não favorecimento! Sim, pois existem outros 18 (dezoito) aprovados, que apesar de não ter nenhum vínculo com o Tribunal daquele Estado acabaram por ser atingidos diretamente pela decisão mencionada. Pela dita presunção! Alega-se que o TJ feriu os princípios da impessoalidade e imparcialidade porque 1% (um por cento) dos aprovados PODE ter sido favorecido. Mas e a proporcionalidade? Foi esquecida, como se não houvesse nada de mais em despachar os demais aprovados de volta pra suas casas... estes que estudem e prestem outros concursos não é mesmo? Se alguém tem dificuldades em aferir e visualizar o que seria um dano moral esta é a melhor oportunidade! Mas não... nossos Ilustres Conselheiros sequer pensaram nisso... Paciência pediriam aos demais aprovados... paciência... a vida continua. Que Pais é este (!). Impera a revolta, a tristeza, e o descrédito pela injustiça realizada. Não acredito mais na justiça deste país... já nem sei o que direi aos meus alunos de Direito Civil... como posso lhes fazer apaixonar pelo Direito em um País que não há qualquer tipo de preocupação com os cidadãos de bem. Os aprovados... que desde outubro de 2006 vinham planejando suas vidas, se preparando para uma fase nova e para a realização do sonho da magistratura devem estar sentindo hoje o peso da injustiça, da barbaridade e do absurdo. Como em quase tudo neste país... Mostra-se eficiência em alguns momentos... Já e em outros é mais fácil aderir aos olhos vendados da Justiça. E viva nosso Conselho Nacional de (In)Justiça!" - Carolina Garcia